sábado, 18 de abril de 2015

A LOGÍSTICA E A VISÃO SISTÊMICA DOS PELTS

"A Inteligência é a Simplificação para Resiliência"

Fiz uma pesquisa sobre os PELTS de outros Estados da Federação e existem certas semelhanças. As diferenças ficam por conta das vocações e realidades regionais.

No Paraná, por exemplo, a Secretaria de Infraestrutura envolveu o CREA-PR  mas em nenhum estado prever o Estudo de Impacto na aplicação dos recursos de infraestrutura, tanto pública quanto privada. Neste artigo apresento algumas conclusões.

É imperativo a necessidade de investimentos maciços em infraestrutura de Transporte e Logística para melhoria da competitividade dos estados e do país; é uma realidade há muito destacada nos mais diversos meios de comunicação.

Inúmeros estudos mostram que a deterioração da infraestrutura afeta negativamente a competitividade e constitui um obstáculo para o desenvolvimento de uma região.

Assim, não é por acaso que os principais estudos desenvolvidos no âmbito nacional e estadual tenham como foco a análise da infraestrutura física e a identificação de investimentos prioritários que permitam a redução dos custos associados às condições desta infraestrutura, principal componente do chamado “Custo Brasil”.

No entanto, os planos estaduais consideram aspectos relacionados principalmente à demanda e oferta de infraestrutura, as melhorias necessárias nas redes de transportes e o impacto destes investimentos segundo as dimensões socioeconômicas, ambientais e políticas.
 O que se constata  na realidade, é uma análise de arranjos institucionais em alguns PELTs nos Estados, que apresentam também uma mudança na postura dessas administrações públicas, conforme estudos realizados e publicados.

Estas administrações passam a prever ações como a atração de parceiros do setor privado e a articulação para buscar recursos para financiamento dos projetos.

Parcerias público-privadas e concessões tradicionais são modalidades de contratação consideradas como solução para a viabilização dos investimentos identificados como prioritários.

Mas, além de melhorar a infraestrutura para garantir que as distâncias entre os mercados produtores e consumidores sejam vencidas, o cenário atual apresenta novas exigências associadas a estes fluxos, as quais são consideradas numa abordagem Logística dos problemas de transportes.

 Novamente, a administração pública desempenha um importante papel na definição de políticas que promovam a capacitação dos vários atores e componentes que desempenham atividades na Cadeia de Transporte e Logística.

Apesar da importância deste elemento, o mesmo não é considerado no PNLT e nem nos PELTs são analisados. O único plano estadual que aborda superficialmente este tema - sem definir nenhuma ação relacionada ao mesmo - é o PELTES.

Um eixo temático que pode ser sugerido numa estrutura, é a facilitação do comércio e tornar importante, principalmente, quando se considera os fluxos internacionais de Transporte.

Ações propostas segundo este eixo dependem basicamente do esforço operado pela administração pública como o caso da Gestão Aduaneira, a qual pode tornar mais eficiente os Processos nos Portos, Portos Seco Alfandegados,  Aeroportos e fronteiras.

Apesar disso, nenhum dos planos analisados abordou este tema. Ressalta-se que o desenvolvimento de um Plano de Logística e Transporte de uma região deve considerar tanto o contexto local quanto o nacional e internacional.

Mais que um diagnóstico da atual infraestrutura Logística e de Transportes, um plano desta natureza deve definir diretrizes para o posicionamento estratégico da administração pública, visando à promoção do desenvolvimento sustentável e da prosperidade de uma  determinada região.
Para tanto, contrariando a ideia bastante generalizada de que a resposta da política pública se limita a melhoria da infraestrutura e formas de viabilizar os projetos para alcançá-las, propõe-se aqui uma estrutura, baseada em fontes de pesquisas bibliográfica, primária e secundária.

Considera-se também, outros componentes dos Sistemas Logísticos como:
  •   Os transacionais, com destaque para o papel do Setor Público na facilitação do comércio e os relacionados às competências Logísticas dos atores privados e da forma como estes operam e se organizam nas Cadeias de Suprimentos.

Prof. Ms. Delano Gurgel do Amaral

sexta-feira, 17 de abril de 2015

COMO A TELEMETRIA AJUDA A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE FROTA


"A Inteligência é a Simplificação para Resiliência"

Você já parou para pensar no que é tecnologia? Basicamente, tecnologias são “ferramentas que ajudam a solucionar problemas”. Nesse sentido, papeis e canetas são tecnologias úteis quando você precisa escrever, certo?
A boa notícia é que as tecnologias evoluem com o tempo, ajudando a resolver problemas de maneiras cada vez mais práticas. Para ganhar agilidade, você pode contar com um computador ao invés de papel e caneta. Da mesma maneira, em lugar de alimentar os dados manualmente em planilhas, você pode dar dinamismo à gestão de sua frota utilizando softwares de gestão e o sistema de telemetria. 
Mas antes mesmo de falar sobre como o uso da telemetria pode ajudar nas tarefas do Gestor de Frotas e reduzir Custos Logísticos para a empresa, tema deste artigo, precisamos primeiramente definir o que é essa tecnologia.
Dito de maneira simples: “tele” significa “de forma remota” e “metria” quer dizer “medição”. Portanto, telemetria é basicamente a medição de dados do veículo e a transmissão remota desses dados para uma central de monitoramento que a empresa monta para acompanhar e saber como está a operação dos veículos, a condução dos motoristas, o consumo de combustível, entre outros.
Esses dados podem ser coletados de maneira analógica ou digital. No formato analógico, o acompanhamento é feito sensor a sensor. Se você precisa ler, por exemplo, o RPM (contagiro) do veículo, é preciso instalar um fio no sensor responsável pelo RPM.
Dessa forma, é possível fazer o cálculo do valor do contagiro, baseando-se nos pulsos que esse sensor envia e em uma calibração que é realizada veículo por veículo. Se precisar medir o odômetro, é a mesma coisa. E assim por diante, sensor por sensor.
A outra forma de fazer a leitura de telemetria é por meio da central eletrônica do veículo – presente nos veículos mais modernos. Em veículos pesados, a central troca informações com os componentes eletrônicos do veículo através da rede CAN (Controller Area Network).
De 2009 em diante, começaram a ser estabelecidos alguns padrões no mercado, o que facilita essa leitura digital. Por exemplo: o motor recebe dados de vários sensores e, com isso, a central eletrônica sabe se ele precisa mandar mais ou menos combustível, de acordo com a situação dos sensores que medem nível do oxigênio, qualidade do combustível etc.
A rede CAN também aponta as diversas falhas que acontecem no sistema. Se o veículo está com uma falha no sensor que monitora o nível de oxigênio existente nos gases de escape, esse erro é apontado e fica nesse computador de bordo do veículo.
A grande vantagem da telemetria digital é o fornecimento de informações muito mais seguras e precisas. Por meio desse modelo, é possível coletar dados do odômetro, RPM, consumo de combustível, velocidade e muito mais.
A telemetria digital também é muito mais eficiente para identificar falhas em tempo real e o veículo pode ser consertado o quanto antes, evitando desperdícios, gerando mais economia e dando mais segurança às operações. Todas as informações de telemetria são consolidadas dentro de um equipamento embarcado no veículo (computador de bordo), que transmite esses dados para a central de monitoramento que, geralmente, fica na própria empresa.
Essa transmissão é realizada pela rede de telefonia celular. Diferente do modelo analógico, em que é necessário fazer a ligação em diversos sensores, no modelo digital é preciso apenas conectar um par de fios na rede CAN para saber todas as informações sobre o veículo. Você pode imaginar que a rede CAN é como se fosse uma rede de computadores e o sistema de telemetria conecta-se a ela para saber tudo que está acontecendo por ali.
O uso dessa tecnologia gera diversos benefícios para a gestão dos veículos. Com a telemetria, você consegue elaborar “rankings de motoristas” e saber, por exemplo, quem são seus melhores motoristas e quem são os piores, acompanhando a maneira como eles estão conduzindo os veículos.
Você pode ainda identificar quem são aqueles que estão rodando muito tempo com o RPM lá em cima, na faixa vermelha, ou seja, com consumo de combustível muito alto, desgastando as peças do veículo de forma prematura. Isso no caso de caminhões e ônibus, principalmente, ocasiona um aumento de gastos significativos com combustível e de retífica de motor.
Além disso, o gestor consegue identificar quanto cada motorista gastou, em quais viagens, em quais horários, quais rotas etc. Tudo isso de uma forma muito mais detalhada. A partir dessas informações, é possível identificar falhas na operação ou mesmo no veículo e criar planos de ação.
A economia que isso gera é real e pode ser percebida na prática. Por meio da telemetria acompanhada da conscientização dos motoristas, a economia média projetada para empresas com cerca de 400 veículos assistidos por essa tecnologia é de R$ 2 milhões por ano, principalmente em diesel e retífica de motores.
Outro benefício da telemetria é que ela funciona de forma totalmente autônoma. Você não precisa ter uma pessoa responsável por cadastrar as informações no sistema – tudo é feito de forma automatizada por meio da coleta das informações na rede CAN.
Com base nos dados de telemetria mais avançados, é possível trabalhar uma gestão apoiada em indicadores. É um trabalho que demanda pouca gestão em cima do sistema em si.
Por meio da telemetria, o gestor tem todos os dados e indicadores que precisa para saber de que forma gerenciar melhor sua frota. O trabalho mais pesado vem depois: fazer a gestão dessas informações para melhorar o desempenho das operações, orientando e acompanhando os motoristas.
A telemetria também proporciona a redução de acidentes. Como você consegue acompanhar a velocidade exatamente igual à do painel do veículo, é possível alertar os motoristas em casos de excesso de velocidade.
Para dar ainda mais eficiência a esse controle, o gestor pode cadastrar qual é a velocidade permitida em cada trecho da viagem. Por exemplo: 40 km/h no máximo dentro da cidade, 80 km/h fora, 20 km/h no trecho perto da polícia rodoviária e 40 km/h em região de serra, e assim por diante. Você configura a malha de velocidade da rota que os veículos fazem, e estes vão ser monitorados por tais parâmetros.
Enfim, a telemetria gera centenas de parâmetros para que você possa acompanhar e monitorar. No entanto, na hora de escolher um sistema de telemetria, algumas questões devem ser levadas em conta.
É possível encontrar alguns equipamentos de telemetria muito mais baratos que a média do mercado. Porém, fique alerta com o que pode parecer uma vantagem no começo. Esse tipo de equipamento dá muito mais manutenção, pois não é desenvolvido especificamente para o ambiente automotivo, fazendo com que o veículo tenha que parar constantemente para fazer trocas e reparos.
Por último, vale dizer que quando você buscar um sistema, pense também em todo o contexto em que este irá atuar. O sistema precisa “conversar” com todas as questões que envolvem as operações de seus veículos. Por isso um sistema de telemetria que possibilite integração com um Sistema de Gestão de Frota atuará de maneira mais abrangente e efetiva do que um software que não tenha essa possibilidade de integração, limitando a aplicação prática das funcionalidades no dia-a-dia.

 FONTE: Revista TecLogística

sábado, 4 de abril de 2015

GESTÃO DE RISCOS LOGÍSTICOS

"A Inteligência é a Simplicidade para Resiliência"

 A descida da Serra foi tranquila, mas um incêndio de grandes proporções impediu seu motorista de chegar ao destino. E agora, você tem um plano B?...


Este foi apenas um exemplo de como imprevistos podem prejudicar sua rota e quem trabalha com Logística já esta acostumado com cenários como o que descrevemos acima, onde uma simples comunicação por rádio, pode direcionar a situação. Mas seria bom se nossos riscos fossem apenas tão pequenos, mas não são. 

Furtos, avarias, acidentes e tantos outros problemas fazem com que ações precisem ser adotadas.

Gerenciamento de Riscos na Logística, tem o objetivo de estabelecer estratégias que reduzem os transtornos em caso de ocorrências desagradáveis, e auxilia a equipe a agir de forma inteligente, com soluções para problemas que podem ocorrer em qualquer percurso.


Quando um risco é identificado a tempo, é possível medir e gerir de forma estratégica, transformando-o em oportunidade.

Através de um conjunto de ações estratégicas, como: 
Identificação, condução, administração e prevenção, você pode reduzir os prejuízos com os imprevistos.

 A gestão de riscos deve ser um processo contínuo e através dele você pode identificar:

- Ameaças;
- Orçamento;
- Oportunidades;
- Responsabilidades;
- Metodologia a ser usada;
- Necessidade de mudanças;
- Formato para implantação de indicadores, relatórios e controles, que no inicio do processo não eram necessários.

O foco da gestão de riscos na Logística, gira em torno do:

- Motorista: Atenção a documentação, exames periódicos, cursos necessários, atestado de idoneidade, etc;

- Veículo: Manutenção preventiva, documentação, rodízio, etc.

- Carga: Contrato de seguro, eficácia na amarração, escolta, etc.

Existem uma serie de ferramentas, equipamentos e soluções que com o tempo podem ser necessários para o seu negócio, como: 

- Radiofrequência;
- Bloqueio do veículo; 
- Utilização de escolta;
- Software (rastreamento/monitoramento);
ou até mesmo uma ações de relacionamento. 

Sim, a comunicação com o cliente sobre normas, procedimento e falhas no processo, feita de forma errada, pode por tudo a perder, por isso você precisa destinar as pessoas certas para esta tarefa, negociadores em potencial, pois costumam ser as peças chave do negócio.

Trouxe 3 exemplos de segmentos de transporte, dos quais existem e são bastante explícitos os pontos de atenção a serem trabalhados, como por exemplo:

Transporte de carga perigosa: requer atenção as condições das vias, placas de sinalização, fispq, capacitação de pessoal, condições de embalagens e outros.


Transportes de cargas excedentes: cuidado especial com a condição do veículo, observar a infraestrutura do trajeto, necessidade de autorizações, amarração diferenciada da carga, etc.

Transportes com drones: apesar de estar no inicio, já existem muitos testes em andamento. O foco deve ser as condições meteorológicas, regras vigentes, operação e manutenção dos equipamentos. 


Esses são apenas alguns exemplos e eu não sei qual é o ramo, o segmento em que você trabalha, mas tenho certeza de uma coisa: A gestão de riscos faz ou pode fazer uma grande diferença na sua Logística. Que tal você encabeçar essa ação? Não fuja dos riscos, dos conflitos, dos problemas.


 Sendo possível,  reveja o Planejamento de Riscos, cada etapa, atividade por atividade de todo o Processo. E boa sorte!

FONTE: supriqualilog.blogspot.com.br

quarta-feira, 1 de abril de 2015

FERRAMENTAS LOGÍSTICAS PARA REDUÇÃO DE CUSTOS



"A Inteligência é a Simplificação para Resiliência"

Nos dias de hoje, muitas empresas já trabalham utilizando os princípios da Logística, que dá o suporte necessário para o bom desempenho do SCM, e vem obtendo sucesso significativo no mercado em que atuam.

A Logística, quando bem planejada e estruturada, trará alguns benefícios como:

•          Diminuição do valor de Estoque;
•          Diminuição na falta de Material;
•          Melhor atendimento aos Clientes;
•          Aumento da Eficiência Operacional no Transporte e Armazenagem;
•          Estoque com níveis mais focados com a realidade do Cliente;
•          Cumprir prazos de entrega para se obter maior Agilidade.

Além destes benefícios, podemos obter outros mais, e isto dependerá do ramo de atividade em que a empresa atua. Cada empresa deve estudar e analisar a sua Cadeia de Suprimentos para implementar as melhores práticas.


Quando falamos de ferramentas Logísticas, estamos falando de uma maneira apropriada de administrar nosso estoque. Caberá a cada um de nós, Profissionais de Logística, analisarmos e sabermos qual delas se aplicará melhor à nossa realidade.

Não adianta termos somente os melhores softwares se não tivermos as melhores ferramentas para nos auxiliar em nossa Logística, além de pessoal treinado e qualificado para realizá-las.

A tecnologia está sempre presente, mas os softwares trabalham de acordo com as informações que alimentamos nosso sistema, para se obter informações críveis que solicitarmos, no momento em que precisarmos.

As Ferramentas Logísticas são uma metodologia (“como será feito”) de trabalho que auxiliam as organizações para otimização do SCM.

Aqui destaco algumas destas ferramentas mais simples e utilizadas nas empresas, para que possamos conhecê-las melhor e analisarmos qual delas devemos aplicar de acordo com a realidade de nossa empresa.
 
 JIT – Just In Time
O Just in time surgiu no Japão, em meados da década de 70. Sua ideia básica e seu desenvolvimento, são creditados à Toyota Motor Company, que buscava um sistema de administração que pudesse coordenar, precisamente a produção, com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos, com o tempo mínimo de produção.

O mesmo consiste no sistema de “puxar a produção à partir da demanda, produzindo em cada estágio somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário”.

O JIT é muito mais que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, é considerado como uma ferramenta que inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, organização do trabalho, gestão de recursos humanos, entre outros.
KANBAN
Sistema kanban é uma metodologia de programação de compras, de produção e de controle de estoques extremamente precisa e ao mesmo tempo barata. “Kanban” é o termo japonês que significa cartão.

Este cartão age como disparador da produção de centros produtivos ou materiais em estoque, indicando a necessidade a serem produzidos, reabastecidos ou comprados.  
   
Cross-Docking
Cross-Docking é um método que movimenta os produtos de um fornecedor através de um centro de distribuição, ou não, sem armazenar o produto por um longo tempo (máximo 3 dias), permitindo a uma companhia acelerar o fluxo dos produtos para o consumidor.
VMI – Vendor Managent Inventory
Gerenciamento do estoque do cliente, efetuado pelo fornecedor com parâmetros acordados entre as duas partes.

Condomínio ou Just-In-Sequence
Sistema de fornecimento onde os fornecedores estão instalados nas imediações das empresas, abastecendo as mesmas diretamente na linha de produção. Em sequência, pré-estipula em tempos determinados.
Consórcio Modular
Sistema de parceria entre modulistas e empresas, onde os fornecedores estão instalados dentro da planta das empresas e participam diretamente da produção das mesmas.
Milk Run
É um sistema de coleta programada de materiais, que utiliza um único equipamento de transporte, normalmente de algum Operador Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos.
Transit Point
Tem como objetivo atender a determinada região, distante da fonte de abastecimento. Em um veículo maior, como uma carreta, as cargas são consolidadas e enviadas, serão repassadas em um local pré-determinado para outros veículos menores, facilitando o acesso até entrega ao cliente.

Os fornecedores deverão estar em sintonia com nossas implementações. Hoje, fala-se muito em alianças estratégicas, principalmente fornecedor/cliente, pois, se ambos não trabalharem em conjunto, dificilmente obterão bons resultados.

É necessário que ambos dividam a responsabilidade de trocar informações à cerca do planejamento, gestão, execução e medição de desempenho.

O trabalho em parceria facilitará também para o fornecedor, de tal forma, que ele possa ter uma precisão maior do que deverá ser fabricado para efetuar sua programação de produção conforme necessidade do cliente.

Fonte: Nogueira, A. Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. Ed. Atlas.

segunda-feira, 23 de março de 2015

EXEMPLOS DE PROCESSOS DE UMA CADEIA LOGÍSTICA


Uma boa Gestão Logística depende do conhecimento das Informações sobre os tipos e as variedades dos produtos existentes, bem como da visão de todos os participantes da Cadeia de Distribuição, e dos canais existentes, utilizados para realizar estrategicamente com sucesso a distribuição dos bens, produtos e serviços, ofertados pela empresa.

Todo e qualquer produto que será transformado, utilizado ou consumido tem inicialmente uma origem definida, ou seja, até chegar finalmente ao ponto de consumo, este produto passou por diversas etapas e processos existentes em uma Cadeia Logística; isto é, em um dado momento ele foi extraído, transformado, fabricado, distribuído e, por fim, comercializado.

Nesse contexto, apresentaremos um resumo de tais etapas e Processos, conforme descritos a seguir:

1º Extração de matéria-prima: esta é considerada como a primeira etapa do processo de uma cadeia. Essa etapa é realizada por empresas que exploram os recursos naturais, explorando materiais ainda em seu estado bruto para posteriormente, fornecê-los como matéria-prima, para as demais empresas que fazem parte de determinados ramos empresariais.
                                              
Muitas vezes por estarem em seu estado bruto, estes materiais, inicialmente, passam por um processo de corte e apara no caso de madeiras, lingotes de aço ou de alumínio; de fragmentação ou quebra no caso de minérios; de limpeza e polimento no caso de pedras decorativas; e de caracterização no caso de subcomponentes.

Como exemplo de material bruto, temos a madeira, a carne, o couro, as frutas, as verduras, os legumes, os minérios (bauxita, manganês, carvão, calcário, silício), o petróleo e seus derivados.
 
E qual a função da Logística neste processo?
Para que a empresa de extração e exploração funcione, a Logística atuará fornecendo todo o suporte necessário, por meio da Compra de tais insumos e materiais, e, quando for o caso e a situação assim exigir, na aquisição de ferramentas, maquinários e na contratação de serviços e mão de obra especializada.

Além de desempenhar a atividade de Suprimentos, provavelmente, ela irá atuar na Movimentação, Transporte, Armazenamento, Classificação e Organização de tais materiais e produtos, organizando-os conforme as necessidades existentes por parte dos Processos e Clientes externos.

Tais Clientes externos exercem o papel de Fornecedores para outras empresas. Dessa forma, a Logística encerra o seu ciclo de atividades nestas empresas iniciais.

2º A transformação da matéria-prima bruta: dando sequência ao nosso exemplo de Fluxo na Cadeia, conforme descrito na primeira etapa, inicialmente este material bruto explorado e coletado pelas empresas passam por um processo inicial de corte e apara no caso de madeiras, lingotes de aço ou de alumínio; de fragmentação ou quebra no caso de minérios; de limpeza e polimento no caso de pedras decorativas; e de caracterização no caso de subcomponentes.
 
Uma vez realizados os procedimentos básicos, tais materiais e subcomponentes armazenados e classificados serão fornecidos para outras empresas que atuam em determinados segmentos industriais, que de uma forma mais específica darão o tratamento especial a este material, transformando-o em matéria-prima para fabricação de uma série de produtos. Essas empresas podem ser denominadas de empresas transformadoras ou processadoras.

  • Muitas destas empresas trabalham em parceria com outras empresas, tais como:
  • Montadoras (Volkswagen, Dell, Semp Toshiba, Ford, Scania, Votorantim, Gerdau etc.)
  • Distribuidoras (Grupos Pão de açúcar, Walmart, Carrefour etc.) e
  • Revendedoras  (Casas Bahia, Sadia, Alpargatas, Perdigão etc.). 

Como exemplo, podemos dizer que uma empresa com estas características pode fazer a transformação da matéria-prima bruta do aço em material transformado conforme a dureza, resistência e maleabilidade de acordo com a necessidade de outras empresas, neste caso as fabricantes.

Por fim, este material deverá ser transportado para outros clientes, na maioria das vezes empresas fabricantes, encerrando o seu ciclo nestas empresas.

3º A fabricação: nesta etapa, estas empresas geralmente atuam desenvolvendo e fabricando produtos com base nas matérias-primas citadas anteriormente. Nessa etapa, o que mais interessa a estas empresas é ter os componentes ou materiais necessários para poder fabricar os produtos finais que serão ofertados ao consumidor final conforme o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP).

É nessa etapa que ocorre o uso do couro para a fabricação de sapatos, bolsas, carteiras e cintos; o uso da madeira para fabricação e confecção de móveis; das frutas para produção de polpas, sucos, doces etc.; dos componentes para montagem dos micros; de peças para a montagem de veículos; da carne para a produção de derivados alimentícios etc.

4º A Distribuição: conforme mencionado anteriormente, a Logística Empresarial atua de uma forma administrativa e estratégica, buscando desta forma melhores resultados e a satisfação dos clientes. E esta satisfação está diretamente ligada aos serviços de Distribuição e de pós-vendas ofertados pelas empresas, aos seus respectivos Clientes e Consumidores.

Os Clientes e Consumidores já estão acostumados a serem bem atendidos, e de preferência não querem pagar nada mais por tais produtos e serviços. Por isso que hoje é perceptível e exigido um alto grau de sofisticação tecnológica para promover e programar a integração dos Processos, das informações e dos Negócios existentes neste ambiente tão complexo e desafiador.

Atualmente, os fabricantes que fazem parte do Processo anterior deixaram de entregar ou distribuir seus produtos diretamente ao consumidor final, utilizando basicamente distribuidores autorizados, mão de obra especializada ou prestadores de serviços Logísticos.

Ainda é possível observar que a fábrica ou indústria faz o uso de transportadoras e de uma Central de Distribuição para realizar as suas entregas para os revendedores (hipermercados) e para os seus clientes finais (varejistas ou pessoas físicas).

Isso se torna necessário e até mais eficiente porque estrategicamente estas empresas que são fabricantes perceberam que o Processo de entrega e Distribuição é uma atividade Logística e não fabril.

Com isso, através do Processo de terceirização e da contratação de empresas especializadas, essas empresas contratantes podem manter o seu foco apenas em seu objetivo principal, que é o desenvolvimento e a fabricação de bens e produtos, não se preocupando com as atividades consideradas secundárias e muito menos com questões ligadas ao abastecimento e entrega de seus produtos para o mercado em que atuam.

Além de não se preocuparem mais com as atividades consideradas secundárias e com questões ligadas ao abastecimento e entregas, as empresas para serem mais competitivas nos mercados em que atuam passaram a manter o seu foco nas necessidades existentes, devido à expansão geográfica, ou seja, hoje se tornou um fator estratégico atender a um mercado globalizado.
 
Obviamente que dentro deste processo existe uma infinidade de problemas, dificuldades e situações que ocorrem com qualquer empresa. A título de exemplo, se pode citar os problemas relacionados às atividades de compra, armazenamento, transporte, produção, entregas, avarias, erros nos pedidos e assim por diante.

5º A Comercialização: pode ser considerada como a última etapa do fluxo da Cadeia Logística. É por meio dela que são disponibilizados os produtos para o consumo.

Nessa etapa, o consumidor para formalizar o seu pedido muitas vezes tem condições de ter contato direto com o produto, de realizar testes, e, quando  for caso e conforme o tipo do produto, de fazer a experimentação e degustação.

Para que a comercialização funcione estrategicamente e adequadamente, esses estabelecimentos participantes da cadeia fazem os seus pedidos junto aos fabricantes, que se utilizam dos serviços e Processos de Distribuição para atender aos pedidos dos clientes.

Até aqui, considera-se que a extração, transformação, fabricação, distribuição e, por fim, a comercialização representam o fluxo de um canal Logístico, mas tem-se que levar em consideração que para cada tipo de produto, como alimento, medicamentos, bebidas, móveis, vestuários, peças, veículos, entre outros, por apresentar dimensões, características naturais e técnicas diferenciadas, se fará necessário o uso de estruturas e de Processos Logísticos de movimentação, armazenagem, transporte e distribuição diferenciados.
 
Nesse caso a informação e o conhecimento Logístico são imprescindíveis para movimentar estes e os demais tipos de produtos dentro de uma determinada Cadeia Logística.

Para finalizar, os componentes de um sistema de Logística típico são: atendimento ao cliente, previsão da demanda, comunicação da distribuição, controle de inventário, gestão de materiais, processamento de ordens e partes, suporte de serviço, seleção de planta e armazém, compras, embalagem, gestão de bens devolvidos, disposição de sobras e rejeitos, armazenagem, transporte e tráfego.

FONTE: PROF. Cláudio Alves da Silva
1.7 do Capítulo