"A Inteligência é a Simplificação para Resiliência"
Fiz uma pesquisa sobre os
PELTS de outros Estados da Federação e existem certas semelhanças. As diferenças
ficam por conta das vocações e realidades regionais.
No Paraná, por exemplo, a
Secretaria de Infraestrutura envolveu o CREA-PR mas em nenhum estado prever o Estudo de
Impacto na aplicação dos recursos de infraestrutura, tanto pública quanto
privada. Neste artigo apresento algumas conclusões.

Inúmeros estudos mostram que
a deterioração da infraestrutura afeta negativamente a competitividade e
constitui um obstáculo para o desenvolvimento de uma região.
Assim, não é por acaso que
os principais estudos desenvolvidos no âmbito nacional e estadual tenham como
foco a análise da infraestrutura física e a identificação de investimentos
prioritários que permitam a redução dos custos associados às condições desta
infraestrutura, principal componente do chamado “Custo Brasil”.
No entanto, os planos
estaduais consideram aspectos relacionados principalmente à demanda e oferta de
infraestrutura, as melhorias necessárias nas redes de transportes e o impacto
destes investimentos segundo as dimensões socioeconômicas, ambientais e
políticas.
O que se constata na realidade, é uma análise de arranjos
institucionais em alguns PELTs nos Estados, que apresentam também uma mudança
na postura dessas administrações públicas, conforme estudos realizados e
publicados.
Estas administrações passam
a prever ações como a atração de parceiros do setor privado e a articulação
para buscar recursos para financiamento dos projetos.
Parcerias público-privadas e
concessões tradicionais são modalidades de contratação consideradas como
solução para a viabilização dos investimentos identificados como prioritários.
Mas, além de melhorar a
infraestrutura para garantir que as distâncias entre os mercados produtores e
consumidores sejam vencidas, o cenário atual apresenta novas exigências
associadas a estes fluxos, as quais são consideradas numa abordagem Logística
dos problemas de transportes.
Novamente, a administração pública desempenha
um importante papel na definição de políticas que promovam a capacitação dos
vários atores e componentes que desempenham atividades na Cadeia de Transporte
e Logística.
Apesar da importância deste
elemento, o mesmo não é considerado no PNLT e nem nos PELTs são analisados. O
único plano estadual que aborda superficialmente este tema - sem definir
nenhuma ação relacionada ao mesmo - é o PELTES.
Um eixo temático que pode
ser sugerido numa estrutura, é a facilitação do comércio e tornar importante,
principalmente, quando se considera os fluxos internacionais de Transporte.
Ações propostas segundo este
eixo dependem basicamente do esforço operado pela administração pública como o
caso da Gestão Aduaneira, a qual pode tornar mais eficiente os Processos nos
Portos, Portos Seco Alfandegados, Aeroportos
e fronteiras.
Apesar disso, nenhum dos
planos analisados abordou este tema. Ressalta-se que o desenvolvimento de um
Plano de Logística e Transporte de uma região deve considerar tanto o contexto
local quanto o nacional e internacional.
Mais que um diagnóstico da
atual infraestrutura Logística e de Transportes, um plano desta natureza deve
definir diretrizes para o posicionamento estratégico da administração pública,
visando à promoção do desenvolvimento sustentável e da prosperidade de uma determinada região.
Para tanto, contrariando a
ideia bastante generalizada de que a resposta da política pública se limita a
melhoria da infraestrutura e formas de viabilizar os projetos para alcançá-las,
propõe-se aqui uma estrutura, baseada em fontes de pesquisas bibliográfica,
primária e secundária.
Considera-se também, outros
componentes dos Sistemas Logísticos como:
- Os transacionais, com destaque para o papel do Setor Público na facilitação do comércio e os relacionados às competências Logísticas dos atores privados e da forma como estes operam e se organizam nas Cadeias de Suprimentos.
Prof. Ms. Delano Gurgel do Amaral
Nenhum comentário:
Postar um comentário