Frota própria ou terceirizada?
Quando o assunto é
transporte, muitas pessoas se questionam se vale a pena investir em frota própria
ou terceirizar o processo.
Para chegar a uma resposta
satisfatória, é sempre bom lembrar que o transporte é uma atividade de meio, que
não agrega valor ao produto final comercializado pela empresa.
Logo, o melhor caminho será
aquele que oferecer um custo menor. Não tem jeito, tem que pegar papel e caneta
e fazer as contas! Adquirir e manter uma frota de veículos tem um custo.
Se o movimento mensal de carga
da empresa é muito pequeno, talvez a manutenção de uma frota própria não seja a
alternativa mais eficiente neste momento. No entanto, conforme as vendas
aumentam e o mercado se expande, ter uma frota própria pode sair mais barato e
render até menos dor de cabeça, pois oferece um controle maior sobre as
entregas.
Como dimensionar e gerir a frota?
Se você já fez os cálculos e
optou pela frota própria, então o passo seguinte é dimensionar essa frota. Em
tese, o dimensionamento é uma tarefa fácil, se você já faz uma boa previsão de
demanda.
Bastaria estabelecer a
demanda mensal de carga, a capacidade de cada veículo e a velocidade média de
deslocamento na rota escolhida. Apesar de não ser uma tarefa difícil, o gestor
da área não pode deixar de levar em consideração todos os detalhes envolvidos
na operação.
Recomenda-se que seja feito um passo a passo detalhado de todas as
etapas necessárias para a execução da tarefa.
Em geral, os erros mais cometidos
são:
Ø Má escolha da rota (por falta de
um estudo aprofundado);
Ø Não considerar tempo necessário
para o almoço e descanso do motorista;
Ø Deixar de incluir um intervalo de
variabilidade em razão de condições meteorológicas e de condições da pista;
Ø Esquecer cálculo do tempo
necessário para realizar a carga e a descarga.
Para facilitar decisões que
combatem essas dificuldades, há algumas formas de controlar essa frota e, de
quebra, economizar.
A telemetria, por exemplo, é
um sistema de monitoramento que permite medir o impacto financeiro de
comportamentos inadequados dos motoristas.
Mas não o confunda com o
rastreador! Apesar de também muito importante, o rastreador é utilizado para
garantir a segurança da carga e promover um bloqueio de pronta resposta, se
necessário.
A telemetria, por outro
lado, prevê uma maior eficiência da frota e previne acidentes. Entre as várias leituras que
os sensores da telemetria fazem no veículo em que são instalados, o
empreendedor pode descobrir se a rota de um carro poderia ser menor, se ele
está passando muito tempo ocioso, se poderia estar utilizando melhor o
combustível, se precisa de manutenção, entre outras medições.
Há diversas práticas
rotineiras de motoristas, propositais ou não, que acabam sendo bastante
prejudiciais ao negócio.
Por exemplo, o excesso de
velocidade é costumeiro nas estradas brasileiras, mas já foi provado que,
andando a {mais de 80km/h, o rendimento de um veículo cai, em média, 25%º}.
Isso significa que, em vez de fazer 10km/L litro de combustível, ele faria
7,5km/L.
Fora o risco que isso traz à vida do motorista e outras pessoas,
considere o volume de veículos e os altos gastos com combustível em uma frota
própria. Imagina quanto isso não impacta no fim do mês?
Fazendo uma análise dos
dados providos pela telemetria, é fácil criar diretrizes de comportamento e um
sistema de metas e recompensas para seus funcionários. Seguido à risca, o
retorno do investimento vem em 15 dias de uso.
Como escolher uma transportadora?
Se, ao contrário, você optou
por terceirizar o processo, é importante saber escolher bem a transportadora
que seja muito mais do que um mero prestador de serviços. O ideal é procurar um
verdadeiro parceiro para integrar a cadeia.
Aqui, é importante buscar
mais do que simplesmente o menor preço. Confiança, competência e transparência
são valores indispensáveis para este tipo de relacionamento. Lembre-se: você está
confiando a um terceiro a execução de uma etapa vital do seu negócio!
FONTE: Endeavor