quinta-feira, 8 de outubro de 2015

METODOLOGIA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Além do arsenal de técnicas que já utilizamos, será que precisamos realmente de mais?
Respondendo com as evidências da realidade atual das organizações ainda hoje, na grande maioria das empresas que projetam e fabricam produtos manufaturados, encontramos estes sintomas:

a) Na fase de desenvolvimento, passamos vários ciclos resolvendo problemas que surgem nas etapas finais de validação do produto, o que atrasa o lançamento, além de aumentar o custo;

b) Na fase de manufatura, novos problemas aparecem às vezes em condições mais amenas do que as testadas em laboratório. E ainda por cima, reincidem alguns problemas que pensávamos terem sido resolvidos;

c) Na fase de uso, uma parte daqueles problemas se manifesta, causando insatisfação dos clientes e aumento do custo de garantia.

O simples fato de que tais problemas sejam crônicos em várias indústrias já é uma demonstração cabal de que o estilo tradicional de resolver problemas de engenharia não é suficientemente eficiente para enfrentar a complexidade envolvida nos produtos e processos da atualidade. Portanto, necessitamos ferramentas mais eficazes para apoiar o processo de desenvolvimento de novos produtos e processos industriais.

E por que tais problemas acontecem? A verdade é que não existem produtos ou processos simples. Mesmo um produto tão trivial quanto um parafuso possui um número bastante grande de variáveis envolvidas no projeto e no processo de fabricação.

É sabido que cada país, ou cada cultura, tem uma forma diferente de decisão, muito aceita e difundida nos costumes de cada nação. É algo vindo de séculos e, em alguns casos, até milênios, chegando à forma corporativa atual.

Podemos estudar os japoneses. Famosos pela filosofia de busca da paz interior - utilizada desde sempre no Japão - os nipônicos não se importam se uma decisão demorar até anos para ser colocada em prática.

Mas há uma vantagem nisto: Tudo o que é decidido é aceito por 100% das pessoas que compõem um comitê executivo. Não há uma disputa de grupinhos para decidir qual a ideia vencedora, e sim a busca, à risca, de paz entre todos os membros, o que torna a ideia campeã muito mais consistente.

Os anglo-saxões da América foram inicialmente colonizados com uma metodologia inglesa, mais rápida do que a oriental, porém com um número maior de conflitos internos.

Mas os americanos deram forma a uma metodologia própria, com decisões rápidas e certeiras, mas muitas vezes com discussões fortíssimas e clima não muito bom. Porém se tornou a cultura difundida nos habitantes do país, reforçando essa ideia.

Parte da Europa ficou ao acaso na história. Um clima melhor do que o dos americanos, mas em alguns casos uma lerdeza incomum para a tomada de decisões.
Não inclui nesta analise os ingleses e os alemães sendo um pouco mais rápidos nas decisões, de onde decorre o fato de que vemos um número maior de empresas da Inglaterra e da Alemanha que tem destaque mundial.

A primeira coisa que um método de solução de problema deve nos dar é uma sequência definida de passos a serem seguidos na procura de soluções. Isto pode incluir: a definição do problema, a coleta e análise de informações, identificação das causas do problema, a geração de soluções, a avaliação das soluções, a seleção de uma solução e sua implementação (SAVRANSKY, 2000).

Se quisermos melhores resultados no desenvolvimento de produtos, temos que romper com os meios tradicionais de praticar engenharia e adotar novas metodologias e ferramentas.

Alguns aspectos comportamentais que ainda interferem na definição de problemas. As deficiências comportamentais interferem diretamente na análise dos problemas e frequentemente resultam no tratamento equivocado dos mesmos. São:

a) Confundir o problema com seus sintomas;

b) Confundir suposições com fatos;

c) Avaliar antes de investigar;

d) Agir rapidamente, antes de pensar;

e) Equiparar novas e velhas experiências, deixando de perceber as especificidades da nova situação;

f) Ficar na superfície e deixar de levantar questões que vão além dos aspectos mais óbvios;

g) Limitar a análise do problema ao seu campo de especialização profissional;

h) Orientar decisões para um único objetivo, ignorando que muitos problemas envolvem múltiplos aspectos que devem ser tratados simultaneamente.

Em resumo, deve-se examinar a situação sob diferentes aspectos para determinar quais são mais importantes para o completo entendimento da situação e a correta descrição do problema.

Na solução de problemas, de alguma forma, as pessoas seguem intuitivamente, um caminho na procura da solução. Contudo, na sua maior parte elas não têm consciência da sequência dos passos dados. Muitas vezes, o processo se mostra confuso, demorado, custoso e pouco eficiente (NAVAS, 2011).

O aprendizado é praticamente nulo e cada problema é um problema totalmente novo, mesmo que seja a centésima repetição da mesma situação. A ausência de uma metodologia torna muito difícil replicar os processos bem sucedidos e desenvolver as habilidades na solução de problemas.

FONTE: Metodologia Triz uma Opção para Solução de Problemas



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