Anualmente,
e só no Estado de São Paulo, somando-se capital social e faturamento, são
desperdiçados mais de R$ 15 bilhões com empresas brasileiras que
fecham as portas. Dado extraído pelos autores do livro “Como
Recuperar uma Empresa” (Stuart Slatter e
David Lovett –Editora
Atlas – 2009 (1), baseado em pesquisa do SEBRAE.
Recuperar
a saúde de uma empresa é não só um benefício para a sociedade, mas também uma
tarefa nobre ao incorporar de novo ao mercado, vultosa
quantia de divisas, como em empregos e negócios para a comunidade.
Trata-se
de um trabalho terapêutico de enorme significado. Uma gestão qualificada evita
problemas para todas as partes interessadas (stakholders)
no bom desempenho de uma empresa. São fornecedores, clientes, funcionários e
familiares, bancos e governos que sofrerão com as perdas de um negócio que acabou por má
administração.
Historicamente,
a antiga concordata foi instituída pelo Decreto - lei 7.661 de 1945. Durante
mais de 60 anos, esse ditame jurídico manteve a possibilidade de juízes
concederem o prazo de até dois anos para os devedores liquidarem suas dívidas
totais ou com redução de até 50% do seu valor.
Felizmente,
a partir da Lei 10.101 de 2005, houve profundas modificações nos mecanismos
para tratamento das dificuldades financeiras das empresas. Baseada no Chapter
11 do Bankrupty Code da legislação norte-americana, a Lei 10.101 trouxe o
principio da separação entre o devedor e a atividade empresarial e a convicção
de que a recuperação da empresa não é um benefício aos empresários que a
levaram à ruína, separando-se empresas viáveis das inviáveis, que deveriam ser
exterminadas.
Os
novos instrumentos se baseiam em acordos entre credores e devedores, com o
objetivo de manter as empresas em funcionamento, respeitando os interesses de
terceiros, que contam com empregos, produtos e serviços proporcionados pelas
empresas.
Um
instrumento do mais elevado valor é a recuperação judicial, prevista na nova
lei e desde que, cumpridas as exigências legais, permite, por um período de 180
dias, que o devedor possa negociar com os credores, sem coação, permanecendo no
controle das atividades empresariais, mas tendo que acatar a ordem do juiz que
nomeia um administrador judicial para exercer as funções fiscalizadoras.
Dentro
de 60 dias do deferimento judicial, o devedor tem que apresentar em juízo um
plano de recuperação. Há, ainda, a possibilidade de recuperação extrajudicial,
fora dos tribunais, no caso de 60% dos créditos pertencentes a uma mesma classe
ou sujeitos em condições semelhantes, com exceção dos créditos trabalhistas. Em
ambos os casos, a recuperação só pode ser obtida com concordância dos
credores. Como vemos, a atual legislação brasileira permite que a empresa
seja preservada, a não ser em casos extremos nos quais a falência é decretada.
Esclarecidos
os principais pontos da lei, podemos tratar da recuperação de empresas que
possam mudar seus processos administrativos e planejar um futuro mais
promissor. Os profissionais já atuantes na recuperação de empresas congregam-se
numa associação, à Turnaround Management Association do Brasil – TMA Brasil –
que é vinculada a TMA (EUA) presente em vários países, e que fomenta a evolução
das melhores práticas por meio de seminários e publicações, capacitando todos
os envolvidos com a recuperação de empresas.
Dois
pilares chave para a recuperação de uma empresa devem ser observados antes que
os problemas se agravem. São eles:
a)
Melhor gestão empresarial em todas as áreas e
b)
Finanças corporativas adequadas à condição de empresa saudável.
Um
terceiro pilar, o jurídico, será ativado somente se houver necessidade.
Os
administradores de empresas que já vivenciam problemas precisam ter habilidade
para reconhecer que a empresa merece a reestruturação, antes que uma crise
financeira se instale. Conforme o segmento em que a empresa atue, é necessário
um Planejamento Estratégico, que tratará de todos os aspectos, tais como:
visão, missão e valores do negócio, pontos fortes e fracos da empresa, fatores
chave de sucesso no negócio e variáveis que impactam esses fatores. Em seguida,
deve-se examinar a concorrência e o posicionamento da empresa em seu grupo
estratégico, escolhendo-se os objetivos e metas para os próximos cinco anos.
Escolhem-se as estratégias de crescimento e as estratégias de marketing, com os
respectivos cronogramas de investimentos para cada área (produção, vendas,
administração e recursos humanos). Definidos os quesitos citados, passamos às
duas últimas etapas do planejamento: a financeira, que projeta as estimativas
de resultados e calcula os prazos de retorno dos investimentos – Playback e ROI
- que estimam o prazo e a taxa de retorno para os sócios ou acionistas.
Finalmente,
devem-se prever os Planos de Contingência, isto é, os “planos B”, imaginando-se
os obstáculos que, se acontecerem, deverão ser contornados.
Numa
empresa em plena ação, a saúde financeira é a primeira a ser examinada.
Capitais próprios e de terceiros, capital de giro líquido e fluxos de caixa são
assuntos prioritários. Detectados os sintomas de problemas, devemos contratar
especialistas em diagnóstico e tratamento de eventuais doenças, assim como o
planejamento estratégico deve ser feito com total apoio dos sócios e da alta
direção da empresa. Além disso, os profissionais habilitados a trabalhar na
recuperação e na saúde da empresa, são altamente especializados, inclusive no
envolvimento das gerências e chefias que ajudarão a levar a bom termo todo o
trabalho.
Já
dizia Albert Einstein, “nenhum problema novo poderá ser resolvido com o mesmo
olhar que permitiu que ele fosse criado”.
Nota 1: Os autores citados no
inicio desse artigo são, respectivamente, Ph.D pela London University e
Administrador de Empresas/vice-presidente do conselho da Universidade de
Westminster, em Londres. Ambos são especialistas em recuperação de empresas.
A
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS é a ferramenta básica e fundamental para o empresário
alicerçar toda a empresa, para que possa recuperá-la e administrá-la da melhor
maneira possível.
A
possibilidade de crescimento, continuação e permanência da mesma no mercado, só
é possível se houver uma base devidamente organizada, estruturada e direcionada
para uma administração efetiva e eficiente.
O trabalho
na RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS é aplicado em:
- ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS
- ESTRUTURAÇÃO DE EMPRESAS
- MAPEAMENTO DE PROCESSOS
- GESTÃO ESTRATÉGICA
- GESTÃO EMPRESARIAL
- BALANCED SCORECARD
- GOVERNANÇA CORPORATIVA
O fundamento é o mesmo em todas as etapas, utilizando
a base das CONSULTORIAS ESPECÍFICAS:
- Consultoria Financeira
- Consultoria Plano de Negócio
- Consultoria Tributária
- Consultoria Recursos Humanos
- Consultoria Contábil Gerencial
- Consultoria Relatórios Gerenciais
- Consultoria Administração Geral
- Consultoria Custos e Preço de Venda
- Implantação de Manual de Procedimentos
- Organização e Formação de Equipes
Desta forma, ao finalizar o trabalho, a empresa,
sua diretoria e seus colaboradores, estarão plenamente capacitados para dar
continuidade em todas as suas operações.
O trabalho poderá ser GARANTIDO em contrato, desde
que haja o comprometimento de todos os envolvidos no projeto que estará sendo
implantado na empresa.
Promover cursos internos de capacitação,
motivacionais, dinâmicas de integração, Programa 5S e todos os demais
necessários para a conclusão e aperfeiçoamento de todos os envolvidos.
FORMA DE TRABALHO
Inicialmente é elaborado um DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL
para mensurar o tamanho do projeto e estimar a quantidade de horas necessárias
para resolver todos os pontos fracos encontrados e otimizar todos os bons
processos internos, caso existam, bem como atender, plenamente, as necessidades
apontadas pelo empresário e seus colaboradores.
Com a referida ferramenta, devidamente analisada,
poder expressar um orçamento que seja adequado ao projeto bem como as prováveis
horas de consultoria que serão necessárias para que o mesmo seja concluído.
PRAZO PARA CONCLUSÃO
Dependerá, única e exclusivamente, da necessidade
do empresário, bem como de sua capacidade e de seus colaboradores, na
implantação de todos os sistemas (controles) necessários para que a empresa
fique, realmente, toda em ordem.
O comprometimento, responsabilidade, boa vontade e
interesse serão de extrema importância, em todas as fases, para que o projeto,
como um todo, seja concluído com perfeição e no menor prazo possível.
PROF.
Ms. DELANO GURGEL DO AMARAL
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