sexta-feira, 10 de agosto de 2012

RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS - MEDO DE QUE?


Anualmente, e só no Estado de São Paulo, somando-se capital social e faturamento, são desperdiçados mais de R$ 15 bilhões com empresas brasileiras que fecham as portas. Dado extraído pelos autores do livro “Como Recuperar uma Empresa” (Stuart Slatter e David Lovett –Editora Atlas – 2009 (1), baseado em pesquisa do SEBRAE.
Recuperar a saúde de uma empresa é não só um benefício para a sociedade, mas também uma tarefa nobre ao incorporar de novo ao mercado, vultosa quantia de divisas, como em empregos e negócios para a comunidade.
Trata-se de um trabalho terapêutico de enorme significado. Uma gestão qualificada evita problemas para todas as partes interessadas (stakholders) no bom desempenho de uma empresa. São fornecedores, clientes, funcionários e familiares, bancos e governos que sofrerão com as perdas de um negócio que acabou por má administração.
Historicamente, a antiga concordata foi instituída pelo Decreto - lei 7.661 de 1945. Durante mais de 60 anos, esse ditame jurídico manteve a possibilidade de juízes concederem o prazo de até dois anos para os devedores liquidarem suas dívidas totais ou com redução de até 50% do seu valor.
Felizmente, a partir da Lei 10.101 de 2005, houve profundas modificações nos mecanismos para tratamento das dificuldades financeiras das empresas. Baseada no Chapter 11 do Bankrupty Code da legislação norte-americana, a Lei 10.101 trouxe o principio da separação entre o devedor e a atividade empresarial e a convicção de que a recuperação da empresa não é um benefício aos empresários que a levaram à ruína, separando-se empresas viáveis das inviáveis, que deveriam ser exterminadas.
Os novos instrumentos se baseiam em acordos entre credores e devedores, com o objetivo de manter as empresas em funcionamento, respeitando os interesses de terceiros, que contam com empregos, produtos e serviços proporcionados pelas empresas.
Um instrumento do mais elevado valor é a recuperação judicial, prevista na nova lei e desde que, cumpridas as exigências legais, permite, por um período de 180 dias, que o devedor possa negociar com os credores, sem coação, permanecendo no controle das atividades empresariais, mas tendo que acatar a ordem do juiz que nomeia um administrador judicial para exercer as funções fiscalizadoras.
Dentro de 60 dias do deferimento judicial, o devedor tem que apresentar em juízo um plano de recuperação. Há, ainda, a possibilidade de recuperação extrajudicial, fora dos tribunais, no caso de 60% dos créditos pertencentes a uma mesma classe ou sujeitos em condições semelhantes, com exceção dos créditos trabalhistas. Em ambos os casos, a recuperação só pode ser obtida com concordância dos credores.  Como vemos, a atual legislação brasileira permite que a empresa seja preservada, a não ser em casos extremos nos quais a falência é decretada.
Esclarecidos os principais pontos da lei, podemos tratar da recuperação de empresas que possam mudar seus processos administrativos e planejar um futuro mais promissor. Os profissionais já atuantes na recuperação de empresas congregam-se numa associação, à Turnaround Management Association do Brasil – TMA Brasil – que é vinculada a TMA (EUA) presente em vários países, e que fomenta a evolução das melhores práticas por meio de seminários e publicações, capacitando todos os envolvidos com a recuperação de empresas.
Dois pilares chave para a recuperação de uma empresa devem ser observados antes que os problemas se agravem. São eles:
a) Melhor gestão empresarial em todas as áreas e
b) Finanças corporativas adequadas à condição de empresa saudável.
Um terceiro pilar, o jurídico, será ativado somente se houver necessidade.
Os administradores de empresas que já vivenciam problemas precisam ter habilidade para reconhecer que a empresa merece a reestruturação, antes que uma crise financeira se instale. Conforme o segmento em que a empresa atue, é necessário um Planejamento Estratégico, que tratará de todos os aspectos, tais como: visão, missão e valores do negócio, pontos fortes e fracos da empresa, fatores chave de sucesso no negócio e variáveis que impactam esses fatores. Em seguida, deve-se examinar a concorrência e o posicionamento da empresa em seu grupo estratégico, escolhendo-se os objetivos e metas para os próximos cinco anos. Escolhem-se as estratégias de crescimento e as estratégias de marketing, com os respectivos cronogramas de investimentos para cada área (produção, vendas, administração e recursos humanos). Definidos os quesitos citados, passamos às duas últimas etapas do planejamento: a financeira, que projeta as estimativas de resultados e calcula os prazos de retorno dos investimentos – Playback e ROI - que estimam o prazo e a taxa de retorno para os sócios ou acionistas.
Finalmente, devem-se prever os Planos de Contingência, isto é, os “planos B”, imaginando-se os obstáculos que, se acontecerem, deverão ser contornados.
Numa empresa em plena ação, a saúde financeira é a primeira a ser examinada. Capitais próprios e de terceiros, capital de giro líquido e fluxos de caixa são assuntos prioritários. Detectados os sintomas de problemas, devemos contratar especialistas em diagnóstico e tratamento de eventuais doenças, assim como o planejamento estratégico deve ser feito com total apoio dos sócios e da alta direção da empresa. Além disso, os profissionais habilitados a trabalhar na recuperação e na saúde da empresa, são altamente especializados, inclusive no envolvimento das gerências e chefias que ajudarão a levar a bom termo todo o trabalho.
Já dizia Albert Einstein, “nenhum problema novo poderá ser resolvido com o mesmo olhar que permitiu que ele fosse criado”.

Nota 1: Os autores citados no inicio desse artigo são, respectivamente, Ph.D pela London University e Administrador de Empresas/vice-presidente do conselho da Universidade de Westminster, em Londres. Ambos são especialistas em recuperação de empresas.

A RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS é a ferramenta básica e fundamental para o empresário alicerçar toda a empresa, para que possa recuperá-la e administrá-la da melhor maneira possível.
A possibilidade de crescimento, continuação e permanência da mesma no mercado, só é possível se houver uma base devidamente organizada, estruturada e direcionada para uma administração efetiva e eficiente.

O trabalho na RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS é aplicado em:
- ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS
- ESTRUTURAÇÃO DE EMPRESAS
- MAPEAMENTO DE PROCESSOS
- GESTÃO ESTRATÉGICA
- GESTÃO EMPRESARIAL
- BALANCED SCORECARD
- GOVERNANÇA CORPORATIVA
O fundamento é o mesmo em todas as etapas, utilizando a base das CONSULTORIAS ESPECÍFICAS:
- Consultoria Financeira
- Consultoria Plano de Negócio
- Consultoria Tributária
- Consultoria Recursos Humanos
- Consultoria Contábil Gerencial
- Consultoria Relatórios Gerenciais
- Consultoria Administração Geral
- Consultoria Custos e Preço de Venda
- Implantação de Manual de Procedimentos
- Organização e Formação de Equipes
Desta forma, ao finalizar o trabalho, a empresa, sua diretoria e seus colaboradores, estarão plenamente capacitados para dar continuidade em todas as suas operações.
O trabalho poderá ser GARANTIDO em contrato, desde que haja o comprometimento de todos os envolvidos no projeto que estará sendo implantado na empresa.
Promover cursos internos de capacitação, motivacionais, dinâmicas de integração, Programa 5S e todos os demais necessários para a conclusão e aperfeiçoamento de todos os envolvidos.

 FORMA DE TRABALHO
Inicialmente é elaborado um DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL para mensurar o tamanho do projeto e estimar a quantidade de horas necessárias para resolver todos os pontos fracos encontrados e otimizar todos os bons processos internos, caso existam, bem como atender, plenamente, as necessidades apontadas pelo empresário e seus colaboradores.
Com a referida ferramenta, devidamente analisada, poder expressar um orçamento que seja adequado ao projeto bem como as prováveis horas de consultoria que serão necessárias para que o mesmo seja concluído.


PRAZO PARA CONCLUSÃO
Dependerá, única e exclusivamente, da necessidade do empresário, bem como de sua capacidade e de seus colaboradores, na implantação de todos os sistemas (controles) necessários para que a empresa fique, realmente, toda em ordem.
O comprometimento, responsabilidade, boa vontade e interesse serão de extrema importância, em todas as fases, para que o projeto, como um todo, seja concluído com perfeição e no menor prazo possível.
PROF. Ms.  DELANO GURGEL DO AMARAL

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