Segundo o dicionário Michaelis, “orçamento é a ação ou o efeito de orçar”. Cálculo dos gastos com a realização de qualquer obra ou empresa. Cálculo prévio de receita e despesa.
Orçamento
também pode ser definido como: “como a expressão quantitativa de um plano de
ação e ajuda à coordenação e implementação de um plano”. Stedry (1999, p. 22)
Orçar
significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil
de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando
as alterações já definidas para o próximo exercício.
Portanto,
o orçamento não deixa de ser uma pura repetição dos relatórios gerenciais atuais,
só que com os dados previstos. Não há, basicamente, nada de especial para fazer
o orçamento, bastando apenas colocar no sistema de informação contábil, no
módulo orçamentário, os dados que deverão acontecer no futuro, conforme a
melhor visão que a empresa tem no momento de sua elaboração. Stedry (1999, p. 22)
Atualmente,
na gestão e elaboração de orçamento, há uma enorme preocupação a se observar: que o orçamento planejado não
estourar. Isso poderá ser evitado na arquitetura e construção do projeto, no
desenho e desenvolvimento do planejamento.
As dificuldades,
no orçamento de um determinado exercício, deverá ser observadas passo a passo para
que os valores aportados não ultrapassem, naquele tempo estimado, previsto no
planejamento.
Outra dificuldade,
intimamente ligada à primeira, refere-se à tendência em se estabelecer os
valores do orçamento do exercício seguinte, com base em um acréscimo percentual
(%) sobre os números do período anterior.
Para esses dois autores, Hope e Fraser (1997),
defendem a eliminação dos orçamentos nas organizações, pelo modelo tradicional
faz com que as pessoas sintam-se subvalorizadas – como custos a serem
reduzidos, e não ativos a serem desenvolvidos. Muito comum passarem
desapercebidas essas situações nas empresas. A solução desse conflito passa necessariamente pelo RH.
Convém
lembrar contudo, que o orçamento tem outros objetivos, e estes devem ser
buscados em seu conjunto, sendo ferramenta ideal e necessária para o processo
de convergência de diversos objetivos organizacionais e setoriais.
Os princípios,
propósitos e objetivos do orçamento, sendo instrumento que se presta a múltiplas
funções, vai da simples mensuração de planos operacionais até um
instrumento de premiação ou não pelo desempenho dos gestores responsáveis em
cumprir o que foi orçado pelas diversas áreas e divisões da organização. Sempre
ocorrem conflitos em cumprir orçamentos nos diversos setores da empresa.
Para
concluir, deve-se deixar claro que o orçamento não é, nem poderia ser, a panaceia
para os problemas gerenciais das empresas. O ambiente de negócios atual é
extremamente dinâmico, o que exige constantes adaptações e evoluções das
ferramentas de gestão disponíveis para serem aplicadas.
Entretanto
seus conceitos carecem de mais aplicação no mundo corporativo, para atestar e validar sua
funcionalidade, pois a metodologia ainda se encontra muito apegada à área
acadêmica.
Em
função disto, sugere-se um incremento nas pesquisas sobre a aplicação da
ferramenta orçamento baseada em atividades (ABB) aplicada nos diversos
setores da atividade econômica (indústria, comércio, administração pública,
serviços regulados pelo Estado etc.), seja no Brasil ou em outros países.
FONTES: Planejamento
Orçamentário – 2a edição Clóvis Luís Padoveze
Hilton de Araújo Lopes
Mestre em Ciências Contábeis – UERJ. Capitão-de-Corveta do Corpo de Intendentes
da Marinha E-mail: hlopes1970@terra.com.br
José Roberto de Souza Blaschek Doutor em Engenharia de Sistemas e Computação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE/UFRJ; Professor Convidado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ E-mail: blaschek@attglobal.net.
José Roberto de Souza Blaschek Doutor em Engenharia de Sistemas e Computação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE/UFRJ; Professor Convidado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ E-mail: blaschek@attglobal.net.
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