A complexidade da economia globalizada vem criando, nas últimas décadas, novos desafios para as organizações,
na busca constante por mais eficiência Operacional, ampliação de mercados e, consequentemente, melhores
resultados econômicos.
A competitividade crescente tem feito com que as empresas de ponta em seus segmentos aprimorem todos os
seus Processos de Produção como forma de garantir e ampliar essa vanguarda de mercado.
Muitas delas já descobriram que um dos nichos nessa Estratégia acontece em uma das etapas essenciais do Processo Produtivo – a Gestão de Compras na Cadeia de Suprimentos. Nesse elo pode estar o sucesso de um
grande diferencial competitivo para as empresas que buscam a liderança no mercado.
Estudo analisa o como praticar as Compras.
Diante deste contexto, a Fundação Dom Cabral
realizou um estudo voltado para o mapeamento
e a análise das Estratégias de Compras em médias e
grandes empresas do Brasil.
O principal objetivo desse
trabalho é trazer à tona essas práticas adotadas pelos
gestores da área.
Tal estudo analisa, portanto, a formação de Cadeias
de Suprimento como instrumento de competição, fruto
de uma mudança nas concepções de conquistas de
mercado adotadas por muitas empresas.
Resultados registram os avanços.
Os resultados demonstram os expressivos avanços que
têm sido obtidos na Gestão Estratégica de Compras.
O principal deles, provavelmente, é a percepção da
importância de se intensificar e se inovar as práticas de
compras nos últimos anos.
Essa tem sido, inclusive, uma
maneira eficaz de fazer com que a área contribua para
o sucesso dos negócios como um todo.
Mudanças de Estratégia e paradigmas.
Para se compreender como se chegou a esses resultados,
é preciso compreender a dinâmica de mudanças que vêm
marcando a área. E a principal inovação na Estratégia é
de fácil percepção – se, até pouco tempo, a formação de Cadeias de Suprimento estava voltada para o produto,
agora ela é prioritariamente orientada para os Clientes.
Na prática, o que vem ocorrendo é uma sistemática
substituição de esforços isolados de empresas em busca
de competitividade por uma visão inovadora, segundo a
qual o sucesso advém da capacidade de as organizações
se estruturarem.
Assim, elas tornam-se capazes de fazer
uma gestão eficaz de relacionamento entre parceiros,
cujo compromisso comum é entregar valor superior aos
seus consumidores finais.
Dessa maneira, a forma inovadora de se executar a Gestão
da Cadeia de Suprimentos surge como um novo paradigma
de Gestão de Relacionamento interorganizacional,
desenvolvido ao longo das últimas décadas.
A liderança de empresa-chave.
Um dos aspectos mais relevantes desse modelo de Gestão é a liderança de uma empresa-chave. Ela
torna-se a principal responsável pelo cumprimento do Planejamento Estratégico de toda a cadeia.
Cabe a
ela, ainda, difundir as ações sistêmicas e os objetivos
gerais, sinalizando a Estratégia comum de atuação,
incentivando, entre outras ações, o comprometimento,
a coordenação e a integração entre as demais
organizações parceiras.
Esses Processos levam à
saudável prática da colaboração, com impactos na
performance das empresas e, consequentemente, da
cadeia como um todo.
Esse ambiente que reforça a necessidade de colaboração
e coordenação torna-se sucessor dos relacionamentos
de negócios tradicionais, que sempre se apoiaram
no uso do poder de barganha e da confrontação.
Por
isso mesmo, eles se mostraram incapazes de oferecer
respostas às demandas dos clientes e consumidores
em ambientes dinâmicos e complexos. Nesse contexto,
acabaram cedendo lugar aos Processos de interação
colaborativa entre as empresas.
Projetos colaborativos e a Função Compras.
A colaboração entre as empresas é, portanto, a
base que sustenta os Processos de coordenação
de atividades interorganizacionais. Sem projetos
colaborativos, a capacidade de inovação e de
desenvolvimento de competências entre parceiros
estratégicos fica restrita à habilidade que cada
empresa individual já possuía para esse procedimento.
Com isso, perde-se a oportunidade de alavancar a
geração e a combinação de novos recursos no âmbito
da díade, fortalecendo a capacidade competitiva de
toda a Cadeia de Suprimentos.
Nesse contexto, houve uma reconfiguração do papel
desempenhado pela função Compras nas cadeias, que
passou a ser mais abrangente do que era, quando
executada meramente em uma visão Operacional.
A
perspectiva vigente em ambientes de colaboração
entre empresas prevê que essa função Compras atue
como protagonista no desenvolvimento e na Gestão do
relacionamento entre elas – liderando ou, ao menos,
participando ativamente dos processos de interação
entre cada empresa e seus fornecedores.
FONTE: Fundação Dom Cabral
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