segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O QUE MUDA COM UMA NOVA POLÍTICA


O Brasil vem acompanhando manifestações em vários municípios que declaram insatisfação com o atual sistema político que, cercado pela corrupção, fica alheio às necessidades de melhorias nos setores de transporte, educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Uma política cara e pouco eficiente vem se mostrando ainda pouco preocupada com uma nova forma como a população a enxerga. Os excessos cometidos por alguns parlamentares demonstram que a necessidade de uma reforma política é vista no final de uma longa estrada. Talvez não esteja tão longe assim se observada com os olhos do povo.

Claro que nada acontece do dia para noite. Basta observarmos que há quinze anos não tínhamos acesso às contas públicas. Ainda não têm a transparência necessária, mas hoje já se sabe, pelo menos, qual o custo com pessoal da máquina pública que, por sinal, em 2013 representará mais de R$ 108 bilhões.

O que realmente evoluiu de uma forma bem mais rápida foi um povo consciente de que sua qualidade de vida está ligada à política e se essa vai mal, a saúde, a segurança, o emprego vai mal. Essa foi, sem dúvidas, a vitória mais significativa dos últimos tempos. Embora pequena para poucos, muitos estão incluindo assuntos políticos onde assuntos esportivos reinavam absolutos. A história de que falar de política é perda de tempo está, cada vez mais, ficando no passado.

O sistema político é o cérebro de um país. As pessoas vêm atrelando seus fracassos e conquistas pessoais em meio à situação gerada por esse sistema. Mais exigentes, essas pessoas desenham um novo quadro definido com o voto e com um acompanhamento mais atento àqueles escolhidos para representá-las.

O que ainda dificulta o caminho político no Brasil é a quantidade de partidos políticos. Considerando que, teoricamente, cada partido representa uma ideologia, a política brasileira perde o foco, pois hoje são trinta partidos políticos e outros trinta e um buscando efetivação em meio a tantas diversidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, os Republicanos e os Democratas compõem os dois partidos do desenho político daquele país. Há como comportar tantas ideologias políticas no Brasil?

Mudanças estão sendo propostas. Plebiscitos ainda buscam salvar os interesses da própria política definindo recursos de campanhas que, antes de uma reestruturação, de nada servirão senão para alimentar a ilicitude. Projetos estão nascendo para dificultar a visibilidade, a clareza das contas públicas com o intuito de alienar o povo agora mais ativo.

Não se pode esperar que a mudança parta de dentro de um sistema cujos interesses não atendam às necessidades do povo. Essa mudança parte de fora; parte do maior interessado: o povo. Afinal, o que esperar de um corpo doente, contaminado por séculos e enfraquecido pelos organismos que corrompem mais e mais o que ainda há de são? Esperar que o antídoto saia desse meio é como esperar que uma criança aprenda sem uma professora ou um paciente seja curado sem um tratamento médico, ou ainda que um médico cure um grande mal sem o uso de remédios. O remédio para esse sistema vem do povo, e só dele. Ou continuar defendendo o óbvio para conquistar aquilo que já é de direito.

O que muda com uma nova política? Essa resposta talvez ainda precise de um pouco mais de tempo, mas as pessoas que se atentaram aos problemas antes desprezados no dia a dia sabem o que mudou NO POVO: Formou-se um “médico” para cuidar do “doente”.

FONTE: Logística Descomplicada.com

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