quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Teoria das Restrições na Logística (TOC, Teoria do Gargalo)

A teoria das Restrições representa, sobretudo, um processo de pensamento baseado no Método Científico relações do tipo efeito-causa-efeito. Desenvolvida por Goldratt, a construção da TOC é regida por alguns princípios que visam a consolidação de um modelo empírico que permite a sua utilização em situações práticas relacionadas com as mais diversas funções empresariais, tais como produção, marketing, gestão de projetos, Logística entre outras.
Basicamente a Teoria das Restrições busca maximizar ganhos e, para isto, reconhece três caminhos: aumento de produtividade, redução de estoques e diminuição de despesas operacionais, sendo reconhecido, no entanto, por Goldratt que as oportunidades de aumento de ganho em estoques e despesas operacionais são relativamente limitadas,  enquanto os ganhos em produtividade podem ser ilimitados.
É importante que se ressalte que grande parte dos ganhos do método está relacionada com a Logística, embora as aplicações explícitas da TOC na Logística ainda sejam limitadas. As aplicações mais conhecidas estão voltadas, sobretudo, para a função produção.
A TOC se sofisticou, embora a aplicação mais simples do modelo prevê a utilização de cinco regras básicas destinadas a identificar, num processo produtivo, os pontos tidos como “gargalos” da produção, a avaliar a qualidade e grau de restrição deste ponto, a mensuração do impacto desta restrição no processo como um todo, a maximização das possibilidades da restrição e, por consequência, a minimização desta restrição no global, a eliminação da restrição e a volta para o primeiro passo, o que caracteriza o método como um processo e não como um produto.
Entenda-se como restrição qualquer coisa que impede um sistema, como um todo, alcançar um resultado melhor. A partir desta definição, pode-se inferir que todos os sistemas possuem, sempre, uma restrição, caso contrário, teriam desempenho infinito. Da mesma forma, deve-se entender que um gargalo (ou restrição) estará dinamicamente localizado em algum ponto do processo, se alterando conforme as restrições inferiores ou anteriores sejam resolvidas.
Coroando a visão sistêmica da abordagem, as restrições podem ser internas, quando situadas dentro do processo, ou externas, situação em que a restrição se move para fora do processo e se torna, quase sempre, não controlável, obrigando o sistema dar uma resposta reacional.
A aplicação que se pretende desenvolver a partir destes conceitos se orienta para a visão das restrições externas caso se considere o ponto de vista da empresa, ou, interno, se considerada a cadeia logística como um sistema.
Além da naturalidade da Teoria nos processos produtivos e empresariais, ela mais recentemente tem sido usada, também, para avaliar processos educacionais, para gestão de projetos e para o desenvolvimento de raciocínios lógicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário