quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Brasil – Infraestrutura de Logística e Transportes

A partir da década de 70, verificou-se que a diminuição do nível de investimentos em infraestrutura de transportes ocasionou problemas no sistema em todo o Brasil. Devido a tal ocorrência, foram verificadas ineficiências, custos adicionais, perda de competitividade, aumento nos tempos das viagens, acidentes, dentre outros problemas.
Além disso, a adoção de uma matriz de transporte focada no modal rodoviário também gerou graves problemas. Problemas estes sentidos até hoje pelos brasileiros e por sua economia. Quando se fala em matriz de transporte no Brasil, pode-se dizer que a matriz é bastante desbalanceada se comparada com outros países de dimensões semelhantes como Rússia, Canadá, EUA e Austrália.
Diante do quadro crítico experimentado, o Ministério dos Transportes teve o prazer de apresentar à sociedade brasileira o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes). Este plano vem com o objetivo de resgatar o planejamento estratégico no setor de transportes, teve a participação de uma equipe técnica de alto nível responsável pelo seu desenvolvimento, inclusive utilizando-se do CENTRAN, Centro de Excelência em Engenharia de Transportes, que foi fruto da colaboração entre o Ministério da Defesa e o Ministério dos Transportes.
Algumas premissas foram adotadas para o desenvolvimento do PNLT, uma delas é que o PNLT é um plano para o Estado Brasileiro e não um simples Plano de Governo. O PNLT tem seu horizonte focado até 2023. Utiliza-se de planejamento científico que tem como base um banco de dados georreferenciados contendo todos os principais dados de interesse do setor e modelo macroeconômico para análise, simulação e projeção do sistema de transportes no Brasil.
O PNLT é também considerado como inovador, já que concilia/considera aspectos logísticos, custos envolvidos em toda a cadeia de transporte partindo das origens até os destinos, sustentabilidade com o meio ambiente, redução das desigualdades regionais, indução ao desenvolvimento sustentável e uso adequado das modalidades ferroviária e aquaviária no transporte de cargas. Além disso, a participação dos diversos atores no seu desenvolvimento foi de fundamental importância, podendo citar: usuários, universidades, operadores de transportes, setores produtivos (agricultura, indústria, comércio, etc), governos estaduais, governo federal, associações, entidades, órgãos etc.
Outra inovação foi a forma de reestruturação do país em Vetores Logísticos. Vetores Logísticos representam uma nova forma de organização espacial do país na qual as microrregiões homogêneas foram agrupadas em função da superposição georreferenciada de diversos fatores representativos para melhor analisar o portfólio de investimentos.
Dessa organização, resultaram sete agrupamentos chamados de Vetores Logísticos:
• Amazônico;
• Centro-Norte;
• Nordeste Setentrional;
• Nordeste Meridional;
• Leste;
• Centro-Sudeste;
• Sul.
O PNLT com seu portfólio de projetos prioritários já é considerado como marco histórico no processo de resgate do planejamento do sistema de transporte no Brasil, visando o desenvolvimento econômico do país com a participação da sociedade e demais atores envolvidos como forma de racionalizar gastos públicos e de se conseguir eficiência nos serviços executados.

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