terça-feira, 4 de junho de 2013

O Instrutor Interno do Curso da própria Vida!

       O processo educacional do ser humano requer uma revisão constante de conceitos, crenças e práticas, caso contrário a pessoa será vítima de um condicionamento de massa restringindo o leque de escolhas e a liberdade.
     Como escolher um curso que realmente atenda as necessidades de expansão de uma nova consciência,  diante de tantas ofertas e promessas?  Como descobrir qual aquele treinamento que realmente irá trazer resultados e uma real melhoria na qualidade de vida ?
      Os melhores cursos são aqueles que proporcionam reflexões resultando em transformações consistentes e duradouras, o que não pode ser confundido com aquela avaliação sentimental feita logo após o treinamento.   Muitos se deixam levar por declarações emocionais superficiais e passageiras, que não se traduzem em mudanças de hábitos.  Depois de alguns dias, tudo volta ao normal, ou melhor, ao que era antes.
     É comum, ao findar um curso de curta duração, as pessoas se sentirem “tocadas” com alterações de humor, no entanto sem ferramentas para dar sustentabilidade e uma real transformação, pois não se apropriaram das técnicas de autoconhecimento e autodesenvolvimento.   O pouco tempo de duração dos cursos servem de excitação do sensorial e não conseguem verticalizar as informações com a profundidade necessária para quebrar o condicionamento antigo.
     O Marketing pesado usado para vender os cursos comportamentais tem o objetivo de convencer o consumidor de que tudo irá mudar para melhor, sem o menor esforço, de fora para dentro. As pessoas compram o milagre de uma nova vida cheia de bem estar, através do carisma de um instrutor que exige apenas do participante o pagamento do valor correspondente, a presença nas aulas e bater palmas no final. Acreditando que a solução vem por uma  voz de fora,   cria-se um relação de dependência e não de libertação.
     Promessas não faltam e as pessoas ávidas por encontrarem soluções fáceis, engrossam as filas na ilusão de obter respostas prontas e rápidas.  Quando elas não aparecem, deve-se procurar nos dvds, livros e outros instrumentos de apoio que também são vendidos em larga escala.
     O que realmente funciona? Onde encontrar a fonte verdadeira?  Primeiramente, conscientizar-se de que não se pode terceirizar o processo evolutivo. A educação de cada um é uma tarefa indelegável. Um instrutor poderá apenas mostrar uma estrutura que facilite o processo, ou apontar o caminho que deverá ser trilhado pela própria pessoa. 
     O autoconhecimento é intransferível e a cura  acontece internamente através de um processo de reflexão conduzida por uma observação das leis da natureza.   Afinal para descobrir o que temos de afinidade com a natureza basta sentar debaixo de uma árvore, a exemplo do Buda, que sem precisar de instrutor ou de curso, silenciou sua mente de desejos e se tornou um canal para receber a informação essencial.  Este processo não aconteceu em oitenta horas ou em um final de semana,  pois cada ser tem sua própria carga horária,  seu tempo de assimilação e elaboração para concluir o curso do rio da própria vida.   Simples assim? Não, antes da iluminação Buda fez o dever de casa e transformou vícios em virtudes através do domínio dos pensamentos, sentimentos e ações.
      Quem realmente quer entrar na correnteza sagrada da vida não se perde em detalhes irrelevantes como o de receber um  certificado no final, seja ele nacional ou internacional, de papel fosco ou brilhante, de cor preta ou branca.  O que tem sentido é o fato da pessoa descobrir o potencial e utilizá-lo para gerar justiça, beleza e harmonia.            
      Em uma sociedade que se restringe a ver a pessoa apenas pelo aspecto sócio econômico; as sensações de posse,  prestígio e poder são os ingredientes incluídos na receita de felicidade comprada “sob encomenda”, trazendo tanto encantamento quanto decepção.
     Para os que querem encontrar as respostas que dão sentido à vida, é preciso comprometer-se em se concentrar nos princípios da natureza humana e viver dentro das lições aprendidas de coerência, transparência e ética.  O ideal é atender o chamado do coração,  ao invés de se deixar levar pelos apelos da publicidade que  tudo promete e se elege como solução única de todos os males. 
    Desconfie dos que prometem transformações extraordinárias e fáceis. O caminho do autoconhecimento requer esforço, dedicação, compromisso e nem sempre é agradável aos sentidos.   Às vezes uma boa reflexão mostra uma verdade que se quer desconhecer e neste momento, é preciso acordar o instrutor interno para resgatar o sábio, o mago, o mestre inspirador e o herói corajoso adormecido dentro e no centro de cada um.
 Magui Guimarães

Obrigado minha Amiga pelo envio do artigo. Acredito que já havíamos comentado algo parecido no nosso último encontro Unifor.





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