sábado, 17 de dezembro de 2011

Empresa quer criar cidade flutuante nos EUA para empreendedores sem visto

Com um custo de R$ 2,2 mil por mês pelo aluguel de um escritório, o navio ficaria ancorado em águas internacionais, próximo ao Vale do Silício, na Califórnia

Editora Globo
Projeto da Blueseed com o navio que serviria de sede para empresas: comodidades e decoração parecidas com a do Facebook e Google
A Apple nasceu numa garagem no Vale do Silício, na Califórnia. A Microsoft também. Talvez daqui a alguns anos, no entanto, as empresas de tecnologia que irão encantar o consumidor estejam sediadas em um navio! Pelo menos esta é a ideia de uma empresa start up que pretende construir uma embarcação para abrigar na costa da Califórnia empreendedores que não conseguem obter visto nos Estados Unidos. 
O raciocínio da Blueseed é simples. As regras atuais de imigração nos EUA estariam fazendo o país perder inúmeras propostas inovadoras de novos negócios. O navio seria uma maneira de dar aos estrangeiros a chance de construírem suas companhias a apenas alguns quilômetros do mais prestigiado hub de tecnologia do mundo - exatamente onde nasceram Apple e Microsoft.
“Muitas pessoas dizem ‘eu gostaria de ir para o Vale do Silício’, mas simplesmente não existe jeito de fazerem isso”, disse Max Marty, CEO e fundador da Blueseed, ao jornal britânico Daily Mail.
Reprodução Internet
A embarcação da Blueseed teria capacidade para abrigar cerca de mil pessoas
Marty, que é filho de imigrantes cubanos, teve a ideia de criar a empresa, após testemunhar seus colegas de classe na escola de negócios da Universidade de Miami se lamentarem ao ter que deixar os EUA logo após a graduação.
O americano argumenta que a possibilidade de pessoas viverem em navios não é algo novo e já acontece em cargueiros militares e cruzeiros. Pelos planos iniciais, a embarcação da Blueseed teria capacidade para acomodar cerca de mil pessoas e ficaria estacionado próximo à Baía de São Francisco, porém já em águas internacionais.
A companhia seria registrada em um outro país, talvez as Bahamas, e portanto se submeteria às leis daquela nação. Para visitar investidores, colaboradores e parceiros nos EUA, os empreendedores usariam vistos temporários de turismo e negócios, mais fáceis de serem conseguidos.
O navio deve contar com todos os recursos de uma incubadora e o visual moderno e descontraído inspirado nos escritórios das gigantes da internet Facebook e Google. O custo de um escritório por mês no navio deve ficar em torno de US$ 1,2 mil.
O suporte logístico, incluindo alimentação e outros suprimentos, viria da costa dos Estados Unidos e um helicóptero ficaria disponível para emergências - como já acontece hoje em plataformas de exploração de petróleo.
Apesar de exótica e potencialmente caríssima, a ideia da Blueseed já ganhou um aliado de peso. Peter Thiel, investidor do Vale do Silício e fundador do PayPal, anunciou publicamente que irá liderar a busca por fundos para tirar a ideia do papel. Thiel já financia um outro projeto para construir uma cidade em pleno oceano. Pelos cálculos da Blueseed, será necessário arrecadar de US$ 10 milhões a US$ 30 milhões em um ano e meio. Se tudo der certo, o navio estará operante no final de 2013. 
ÉpocaNegócios

 

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