segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os erros mais comuns na educação financeira dos filhos

 O especialista em educação financeira Gustavo Cerbasi acaba de lançar o livro “Pais inteligentes enriquecem seus filhos”. A publicação vem para substituir o livro “Filhos inteligentes enriquecem sozinhos”, lançado um ano antes do especialista ter o primeiro de seus três filhos. “Além de ter um texto mais leve, coloquei nesse livro coisas que aprendi na prática”, diz.
Segundo o autor, a educação financeira é algo que pode começar muito cedo, antes mesmo de a criança nascer. Isso porque, para ele, educação financeira é um conceito muito ligado à disciplina. “Famílias que têm um horário para refeições e para o descanso disciplinado estão passando o primeiro conceito de educação financeira com a criança ainda no ventre”, diz.
Ensinar de uma forma mais ativa é possível a partir dos dois anos de idade, quando a criança começa a querer imitar adultos. Nesse momento, manter um cofrinho e mostrar como ele vai crescendo, ou até implantar ações mais básicas, como ensinar a limpar e cuidar de uma moeda, são as primeiras dicas.
A partir dos seis anos, a criança está pronta para ações mais diretas, como jogos de tabuleiro com conceitos de dinheiro, literatura infantil sobre o assunto, e até o recebimento de mesadas.
Além das dicas práticas para fazer certo, é fundamental que os pais abandonem vícios comuns que atrapalham a educação financeira dos filhos. Gustavo Cerbasi listou quatro desses erros. Confira:
1 - Falta de diálogo
Não conversar sobre dinheiro em nenhum momento é o erro mais comum cometido pelos pais. Segundo Cerbasi, essa conversa não precisa ser formal. Existem várias situações do dia a dia que permitem um contato da criança com conceitos de finanças. Ao pagar a conta de um caixa, por exemplo, mostre que entregou um cartão e que vai receber um papel, a nota fiscal, em troca. Ensine que ao pagar em dinheiro, é preciso esperar o troco. “Na rotina do dia a dia, os pais não percebem que têm ao seu lado uma criança aberta a aprender”, diz.
 2 - Burocratizar
Nada de marcar reuniões para discutir finanças com os filhos. “Incentivo os pais a teatralizarem um pouco”, diz. Jogos e brincadeiras são indicados para tornar o ensinamento sobre dinheiro mais interessante.
3 – Não acompanhar a educação na escola
Muitos pais se preocupam em procurar escolas que tragam educação financeira no currículo. Porém, os pais não costumam acompanhar como os ensinamentos estão sendo passados. “Os pais devem entender que as lições ensinadas na escola seguirão para a vida”, diz.
4 – Afastar as crianças das tomadas de decisões
É comum que os pais não queiram que as crianças saibam do orçamento e da renda familiar. Por outro lado, elas podem ser envolvidas na tomada de decisões menores. Os filhos podem participar, por exemplo, do planejamento do orçamento das férias. “Mostre para criança como foi possível acumular aquele dinheiro para um passeio e ensine como ele vai ser gasto”, diz. Durante as férias, se a criança tiver o desejo de consumir algo, vai ser inclusive mais fácil explicar porque ela não pode ganhar, ou negociar que ela abra mão de algo para conseguir aquele brinquedo.
Exame

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