“A Inteligência é a Simplificação para Resiliência”
As organizações, hoje, enfrentam
ambientes complexos e variáveis, que são definidos por seus clientes,
proprietários e pela comunidade na qual operam. Clientes definem o que a
empresa deve fazer para eles continuarem comprando seus produtos.
As Estratégias, para conquistar sustentabilidade de
participação nos mercados, têm se tornadas complexas e numerosas. Grandes
corporações têm encontrado dificuldades para implementá-las, mesmo contando com
as contribuições, habilidades e especializações de seus ativos intangíveis.
Em praticamente todos os setores produtivos, os Mercados
tornam-se globais, com concorrentes em escala mundial oferecendo bens e serviços
de alta qualidade com baixos Custos.
Por exemplo, o setor de Serviços – todo produto gera um serviço; que gera um
benefício; que gera uma solução e é isso que o cliente deseja – clientes
são cada vez mais exigentes em termos da velocidade na entrega e na exatidão, que
levam as empresas, muitas vezes, a desmantelar antigos Processos burocráticos e
eliminando os que não agregam valor.
Indústrias de Serviços, que anteriormente operavam
com determinadas regulamentações e repassavam todos os Custos para os Clientes,
hoje enfrentam um ambiente diferente. Melhorar a eficiência dos Processos (desenhos
ágeis, flexíveis e modulares) reestruturar-se tornaram o objetivo de sobrevivência
para todas as Organizações.
Há, portanto muitas preocupações por parte dos
executivos quanto à implementação de Estratégias como medidas de desempenho
gerencial; principalmente agora na era do conhecimento para criar uma Cadeia de
Valor para o cliente.
Implementar novos conceitos no comportamento dos Custos,
suas causas (direcionadores de custos), centro de Custos, sistemas de alocação de Custos,
custeio baseado em atividades (ABC) e decisões sobre preços mix dos produtos e
serviços.
Como Consultor nesses vinte cinco anos de vivência no
ambiente Corporativo, tenho observado, no dia a dia das empreses, de pequenas a
grandes, enorme dificuldades em mensurar o desempenho no Gerenciamento das Informações
no tocante a Processos:
§
referente a Custos
Processos Logísticos;
§ a precificação de bens e serviços;
§ a finanças; e
§
de serviços
prestados aos Clientes – só para citar alguns.
Soluções existem e não são fáceis de
implementá-las.
O Balanced
Scorecard (BSC) é um "Sistema de Gestão e Avaliação que visa o
desempenho de uma Célula de Negócio sob suas quatro perspectivas a saber:
§
a financeira;
§ a do cliente;
§ a do processo empresarial interno; e
§ a aprendizagem e crescimento”.
Ao recomendar a associação do (BSC) com o Custeio
Baseado em Atividade (ABC), na sua conceituação; "proporciona uma visão sistêmica e econômica
mais precisa sobre:
§
os processos;
§ os produtos;
§ os serviços; e
§ os clientes; que revelam lucros e perdas que foram
encobertos pelos sistemas tradicionais da Contabilidade de Custos das
empresas".
Essa
associação, BSC com ABC como Soluções de Gestão
– medidas de desempenho - que muitas organizações estão buscando implementar
para crescer e permanecer competitivas e sustentáveis no mercado global.
No entanto, empresas que implementam um novo
Sistema de Medidas de Desempenho, na maioria das vezes, não associam essas medidas
sugeridas a suas Estratégias.
Por conseguinte, não conseguem identificar os Processos
internos críticos para que a Estratégia implantada seja bem sucedida. Sendo
assim, amplia-se o alcance do BSC/ABC, vinculando as medidas à Estratégia Organizacional.
A elaboração do BSC parte do pressuposto que haja
uma Estratégia e Objetivos financeiros bem definidos, pois estes servirão como
foco principal para os objetivos e medidas de todas as perspectivas do BSC.
O BSC é um Sistema de Gestão Baseado em indicadores
que impulsionam o desempenho, proporcionando a Organização uma visão do Negócio
atual e futura, de forma abrangente. Traduz, também, a Missão e a Estratégia em
objetivos e medidas organizadas nas quatro perspectivas citadas acima.
O que se tem observado no Brasil, é um crescente
interesse das empresas pelas técnicas de Custeio Baseado em Atividades (ABC),
particularmente aquelas do setor industrial, notadamente em resposta aos
movimentos de globalização e quebras de dispositivos protecionistas e de
reserva de mercado, que foram recentemente introduzidos no cenário político-econômico.
Uma vez que a técnica de ABC apoia-se nas
Atividades e Processos como verdadeiros elementos organizacionais de
transformação, a Criação de Valor e geração de Custos, torna-se útil um exame e
análise a respeito das técnicas disponíveis para lidar com esses conceitos.
Portanto, torna-se bastante natural, a compreensão
de que para poder utilizar a técnica ABC com a máxima eficiência, é necessário
antes de tudo empreender esforços para auditar, diagnosticar, mapear, medir e
Gerenciar os Processos de Negócio que se pretende melhorar através da Gestão de
Custos por Atividades.
Em poucas palavras, pode-se afirmar que o ABC é uma
espécie de instrumento revelador, a ferramenta que é empregada para apontar os
Custos e suas verdadeiras causas, ou seja, relacionando-os com as atividades e
Processos utilizados na execução de determinadas Operações de Negócio.
Tenho realizado pesquisas e trabalhos de observação
nas empresas, com a intenção de auditar, diagnosticar e recuperar empresas,
fundamentando essa associação BSC com ABC como Soluções Estratégicas para as
dificuldades das empresas aqui mencionadas.
FONTE: artigo Delano Gurgel do Amaral – Gazeta
Mercantil 30 outubro 2002
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