Segundo pesquisa Focus, IPCA deve fechar 2012 em 5,49% e juro básico, em 9,75% ao ano
O mercado espera tanto uma inflação como um juro mais baixo no próximo ano. De acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central, a mediana das estimativas para o IPCA em 2012 recuou de 5,56% para 5,49% na primeira pesquisa realizada pelo BC após a divulgação da nova metodologia de cálculo do IPCA anunciada na semana passada. Há um mês, a projeção estava em 5,57%.
O mercado financeiro reduziu a estimativa para o patamar do juro básico da economia brasileira (Selic) no fim de 2012, de 10,00% para 9,75%. A queda das projeções acontece na primeira pesquisa realizada após a última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a taxa foi reduzida de 11,50% para 11,00%. Além disso, é a primeira vez que o mercado financeiro acredita em Selic de um dígito ao final do próximo ano desde 22 de setembro de 2009. Nas duas pesquisas anteriores, o mercado mantinha a previsão de taxa em 10,00%.
Já as estimativas para a inflação em 2011 seguiram em trajetória de alta e passaram de 6,49% para 6,50%, na segunda alta seguida e exatamente no teto da meta de inflação.
Também caiu a projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses, que passou de 5,58% para 5,47%, na segunda redução seguida. Há um mês, a expectativa estava em 5,63%.
De acordo com a pesquisa, o BC deve manter o ritmo de cortes do juro em 0,50 ponto porcentual nas reuniões marcadas para janeiro e março de 2012. Em abril do ano que vem, a velocidade dos cortes seria reduzida para 0,25pp, quando a Selic cairia para 9,75%. A partir daí, a taxa seria mantida até o fim do ano.
PIB e déficit
A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2012 apresentou ligeira melhora. De acordo com o levantamento, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano - índice que mede o tamanho da economia - subiu ligeiramente, de 3,46% para 3,48%, ante 3,50% registrados quatro semanas antes.
Para 2011, os números seguiram em trajetória contrária e a expectativa de crescimento da economia caiu pela segunda seguida, passando de 3,10% para 3,09%. Há um mês, o mercado previa alta para o PIB de 3,20% em 2011.
A pesquisa Focus mostrou melhora das estimativas para o déficit em transações correntes do Brasil. No levantamento, a mediana das estimativas para o saldo negativo em conta corrente em 2012 caiu de US$ 68,46 bilhões para US$ 68,15 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit também recuou, passando de US$ 54,72 bilhões para US$ 54,53 bilhões. Há um mês, a expectativa de rombo das contas externas estava em US$ 68,86 bilhões para o próximo ano e em US$ 55 bilhões para 2011.
A pesquisa também mostrou que a expectativa de superávit comercial em 2012 seguiu em US$ 17 bilhões, a primeira manutenção após a duas quedas seguidas. Para 2011, a projeção subiu pela segunda semana seguida e passou de US$ 28,22 bilhões para US$ 28,70 bilhões. Quatro pesquisas atrás, o mercado previa saldo comercial positivo de US$ 18,90 bilhões no próximo ano e de US$ 27 bilhões em 2011.
Câmbio
A pesquisa também mostrou que a expectativa de superávit comercial em 2012 seguiu em US$ 17 bilhões, a primeira manutenção após a duas quedas seguidas. Para 2011, a projeção subiu pela segunda semana seguida e passou de US$ 28,22 bilhões para US$ 28,70 bilhões. Quatro pesquisas atrás, o mercado previa saldo comercial positivo de US$ 18,90 bilhões no próximo ano e de US$ 27 bilhões em 2011.
Câmbio
Analistas elevaram a previsão para o patamar do dólar no fim de 2011. A mediana das expectativas para a taxa de câmbio no fim de dezembro subiu de R$ 1,75 para R$ 1,79. Essa foi a primeira alta após sete pesquisas seguidas sem alteração dos números.
Para 2012, porém, foi mantida expectativa de que a taxa deve recuar e a moeda norte-americana deve terminar o próximo ano sendo trocada de mãos a R$ 1,75. Essa aposta foi mantida pela oitava pesquisa consecutiva.
Para 2012, porém, foi mantida expectativa de que a taxa deve recuar e a moeda norte-americana deve terminar o próximo ano sendo trocada de mãos a R$ 1,75. Essa aposta foi mantida pela oitava pesquisa consecutiva.
Estadão
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