terça-feira, 7 de março de 2017

O REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK - Logística Portuária

Instituído em 1966 pelo Decreto Lei nº 37, de 21/11/66, consiste na suspensão ou eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado.
O mecanismo funciona como um incentivo às exportações, pois reduz os custos de produção de produtos exportáveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional.
Existem três modalidades de drawback: isenção, suspensão e restituição de tributos.
A primeira modalidade consiste na isenção dos tributos incidentes na importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes, destinada à reposição de outra importada anteriormente, com pagamento de tributos, e utilizada na industrialização de produto exportado. A segunda, na suspensão dos tributos incidentes na importação de mercadoria a ser utilizada na industrialização de produto que deve ser exportado.
A terceira trata da restituição de tributos pagos na importação de insumo importado utilizado em produto exportado.
O drawback de restituição praticamente não é mais utilizado.
O instrumento de incentivo à exportação em exame compreende, basicamente, as modalidades de isenção e suspensão.
O Comunicado DECEX nº 21/97, alterado pelo Comunicado DECEX nº 2 (da atual
SECEX), estende o benefício a algumas operações especiais.
Assim, a modalidade suspensão é aplicada às seguintes operações:
Drawback Genérico – caracterizado pela discriminação genérica da mercadoria a importar e o seu respectivo valor;
Drawback Sem Cobertura Cambial - quando não há cobertura cambial, parcial ou total, na importação;
Drawback Solidário - quando existe participação solidária de duas ou mais empresas industriais na importação; e
Drawback para Fornecimento no Mercado Interno - que trata de importação de matéria-prima, produto intermediário e componente destinados à industrialização de máquinas e equipamentos no País, para serem fornecidos no mercado interno, em decorrência de licitação internacional - venda equiparada à exportação (Lei nº 8.402, de 08/01/92).
Na modalidade isenção é concedido o Drawback para Reposição de Matéria-Prima Nacional, que consiste na importação de mercadoria para reposição de matéria-prima nacional utilizada em processo de industrialização de produto exportado, com vistas a beneficiar a indústria exportadora ou o fornecedor nacional, e para atender a conjunturas de mercado.

Em ambas as modalidades, isenção e suspensão, os Comunicados mencionados destacam ainda duas operações especiais: Drawback Intermediário e Drawback para Embarcação.
O Drawback Intermediário consiste na importação, por empresas denominadas fabricantes-intermediários, de mercadoria para industrialização de produto intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na industrialização de produto final destinado à exportação.
O Drawback para Embarcação refere-se à importação de mercadoria para industrialização de embarcação e venda no mercado interno.
O regime especial de drawback é concedido a empresas industriais ou comerciais, tendo a SECEX desenvolvido com o SERPRO sistema de controle para tais operações denominado Sistema Drawback Eletrônico, implantado desde novembro de 2001 em módulo específico do SISCOMEX.
As principais funções do sistema são: o registro de todas as etapas do processo de concessão do drawback em documento eletrônico (solicitação, autorização, consultas, alterações, baixa) , tratamento administrativo automático nas operações parametrizadas e acompanhamento das importações e exportações vinculadas ao sistema.
O Ato Concessório é emitido em nome da empresa industrial ou comercial, que, após realizar a importação, envia a mercadoria a estabelecimento para industrialização, devendo a exportação do produto ser realizada pela própria detentora do drawback.
A empresa deve, tanto na modalidade de isenção como na de suspensão de tributos, utilizar o Relatório Unificado de Drawback para informar os documentos registrados no SISCOMEX, tais como o RE - Registro de Exportação, a DI - Declaração de Importação, o RES - Registro de Exportação Simplificado, bem como manter em seu poder as Notas Fiscais de venda no mercado interno.
Esses documentos, identificados no Relatório Unificado de Drawback, comprovam as operações de importação e exportação vinculadas ao regime especial de tributação e devem estar vinculados ao Ato Concessório para o processamento de sua baixa no sistema.
As exportações vinculadas ao Regime de Drawback estão sujeitas às normas gerais em vigor para o produto, inclusive quanto ao tratamento administrativo aplicável.
Um mesmo Registro de Exportação - RE não pode ser utilizado para comprovação de Atos Concessórios de Drawback distintos de uma mesma beneficiária - é obrigatória a vinculação do Registro de Exportação - RE ao Ato Concessório de Drawback.
A concessão do Regime Especial de Drawback não assegura a obtenção de cota de importação para mercadoria ou de exportação para produto sujeito a contingenciamento, nem exime a importação e a exportação da anuência prévia de outros órgãos, quando for o caso.

Também não pode ser concedido o regime de drawback para importação de mercadoria utilizada na industrialização de produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em áreas de livre comércio, para importação ou exportação de mercadoria suspensa ou proibida, para exportações contra pagamento em moeda nacional e em moeda-convênio ou outras não-conversíveis, para importação de petróleo e seus derivados, conforme o disposto no Decreto nº 1.495, de 18 de maio de 1995, e para exportações vinculadas à comprovação de outros Regimes Aduaneiros ou incentivos à exportação.

O regime de drawback concede isenção ou suspensão do Imposto de Importação - II, do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, além da dispensa do recolhimento de taxas que não correspondam à efetiva contraprestação de serviços, nos termos da legislação em vigor.

FONTE: http://joresimao.blogspot.com.br/2009/07/o-regime-aduaneiro-especial-drawback.html  

sábado, 31 de outubro de 2015

GESTÃO DE RISCOS NA LOGÍSTICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Com a exigência por obras cada vez maiores e complexas, realizadas a prazos cada vez mais estreitos, tem feito com que as construtoras, empreiteiras e demais empresas do setor da construção busquem identificar a melhor Logística, ainda na fase de Planejamento, todos os riscos que serão submetidas para tomarem ações que possibilitem solucionar os problemas com o mínimo de impacto possível para o projeto.
Com a Gestão de Riscos na indústria da construção civil, torna-se possível identificar com antecedência essas situações, tornando o encarregado e gestor da obra capazes de tomar decisões que usem tais eventuais riscos de forma favorável ao projeto, garantindo seu sucesso.
É indispensável para as empresas desse setor saber lidar com imprevistos, já que eles podem gerar atrasos no prazo de entrega ou elevação nos custos, duas situações extremamente desfavoráveis para qualquer construção.
A Gestão de Riscos na construção civil atua em identificar as ameaças que podem causar danos ou prejuízos à empresa através de uma análise física do ambiente. E para demonstrar como é feita essa prática, minimizando erros do Projeto e, consequentemente, satisfazendo mais os clientes, apresentamos neste post que o ajudará a entender mais sobre esse modo de gestão.
Como identificar os riscos?
As ameaças devem ser identificadas com o máximo de antecedência possível. Para isso, é preciso analisar todo o local de trabalho, quais atividades serão realizadas, quais materiais serão manuseados, além de quais máquinas, equipamentos e ferramentas serão utilizadas para, a partir dessas informações, determinar as ameaças presentes no ambiente.
Classificação dos riscos
Os riscos avaliados pela gestão podem ser classificados por cores e grupos, conforme o exemplo a seguir:
§ Grupo I – Verde – Físicos: Energias a quais os trabalhadores estarão expostos, como ruídos, umidade, pressão, temperatura, por exemplo.
§ Grupo II – Vermelho – Químicos: Agentes que possam ser inalados pelo trabalhador, como poeiras e vapores.
§ Grupo III – Marrom – Biológicos: Incluem bactérias, fungos, parasitas e outros.
§ Grupo IV – Amarelo – Ergonômicos: Qualquer situação que possa causar desconforto ao trabalhador, afetando sua saúde, exemplos como repetitividade, monotonia.
§ Grupo V – Azul – de Acidentes: Qualquer fator que possa afetar a integridade física do trabalhador, como máquinas e equipamentos utilizados sem a devida proteção, por exemplo.

 Essa classificação em grupos e cores é padrão, feita para que os mesmos sejam iguais em qualquer empresa, fábrica ou canteiro de obra, facilitando a sua identificação e não induzindo erros.
Monitoramento contínuo
Após identificar e classificar os riscos, eles devem ser monitorados continuamente para garantir que continuem em ordem e não afetem a empresa. Esse monitoramento pode ser feito de duas maneiras: Proativo e Reativo.
  • Proativo: é o método que aplica ações preventivas para evitar incidentes, além de vistorias e fiscalizações, usando indicadores como formas de análise preventiva de um sistema proativo que pode propor solução para algo que irá acontecer.

  • Reativo: já nesse tipo, o sistema recebe, avalia e acompanha incidentes ao mesmo tempo que propõe uma solução para algo que já aconteceu.
O documento de referência mundial para gestão de riscos é a ISO 31000, dizendo que o “risco é o efeito da incerteza nos objetivos”, sendo assim, risco é aquilo incerto que pode vir a afetar o seu objetivo final, e a gestão busca diminuir as incertezas para próximo de zero.
Investir na Gestão de Riscos na indústria da construção civil tem retorno garantido para a empresa, permitindo a satisfação dos colaboradores e clientes.

Conte-nos através dos comentários o que achou da Gestão de Riscos na construção civil, bem como ela é capaz de trazer melhorias à sua obra.
E para agregar ainda mais conhecimento ao post, descubra tudo o que você precisa saber sobre insalubridade em obras.

FONTE: Mobuss Construção

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CONHEÇA 5 KPIS NO CANTEIRO DE OBRAS E SAIBA MENSURÁ-LOS


Empresas de todos os tamanhos podem utilizar metas e mensuração de resultados para avaliar o sucesso de seus empreendimentos, campanhas e até a satisfação de seus funcionários.

A utilização dos indicadores de desempenho (os chamados KPIs) deve ser feita por meio de análises e métodos precisos, que garantam a fidelidade dos dados. Na indústria de construção civil, não é diferente.

O uso de KPIs no canteiro de obras permite que engenheiros e demais colaboradores envolvidos na construção consigam garantir o sucesso do empreendimento. Juntos, eles formam o IDP, Índice de Desempenho de Produção.
A indústria e o IPD

A utilização de metas e a contabilização de resultados é uma prática constante em empresas de todos os tamanhos. Profissionais de vendas, relacionamento com clientes, administradores, gestores de TI e até mesmo engenheiros devem cumprir tarefas e trabalhar dentro de suas métricas de desempenho diariamente.
Os Processos Logístico no canteiro de obras, onde as atividades ocorrem em maior velocidade e intensidade, não é diferente. Todos os trabalhadores envolvidos na execução de um projeto devem estar envolvidos na busca pela prestação de serviços com mais qualidade e agilidade.
Ao estabelecer métricas e KPIs, uma companhia consegue identificar áreas que não estão trabalhando conforme o esperado ou pontos das rotinas internas que precisam de melhorias.

Isso aumenta a competitividade e dá a oportunidade da empresa alcançar novas parcerias comerciais, melhorar seus fluxos de trabalho, racionalizar gastos e tornar a gestão de recursos mais eficiente.

O IDP permite que empresas possam avaliar corretamente todos os seus indicadores de desempenho, melhorar a tomada de decisões e comparar resultados com atividades anteriores.
Ele deve medido periodicamente de acordo com a necessidade da empresa, de tal forma que os gestores da obra poderão intervir sempre que algo sair das métricas e objetivos do time.
Indicadores como os de quantidades de não conformidades ao final da obra, atendimento às legislações trabalhistas e de meio ambiente, assim como a produtividade dos funcionários e equipamentos podem ser incorporados à medição, tornando o IDP mais fiel às necessidades dos gestores envolvidos no projeto.
O método IDP permite que, por meio de nove indicadores chave, envolvendo o cumprimento de prazos (cronograma), a qualidade dos materiais e do produto final, o respeito às leis de segurança do trabalho (NR 18) e meio ambiente (ISO 14000), além da racionalização de gastos, a companhia possa executar melhor os seus projetos. Ele se divide entre cinco categorias e nove indicadores específicos. São eles:
Ø  Desvio de custo acumulado;
Ø  Desvio de prazo acumulado;
Ø  Avaliação da qualidade do produto;
Ø  Geração de resíduo por área construída;
Ø  Consumo de água por área construída;
Ø  Consumo de energia por área construída;
Ø  Avaliação de segurança no trabalho;
Ø  Taxa de frequência de acidentes;
Ø  Taxa de gravidade de acidentes.

Os 5 principais KPIs para um canteiro de obras

Ainda que as vantagens da utilização de KPIs sejam conhecidas em diversos ramos da indústria, são poucas as empresas que adotam a prática de medirem os seus resultados no setor de construção civil.
Conhecer e implantar o uso de indicadores de desempenho não é uma tarefa complicada e trazem inúmeros benefícios. Com o pleno conhecimento dos KPIs escolhidos e um bom planejamento, é possível preparar a sua companhia para atuar por meio de metas.
Assim, funcionários conseguem rastrear e reduzir erros, agilizando a prestação de serviços da organização e melhorando o seu relacionamento com parceiros e clientes. Abaixo, listamos as cinco categorias de KPIs para o campo de obras que compõem o IDP:
1. Qualidade
Essa categoria irá avaliar se a qualidade dos materiais utilizados e dos serviços executados atendem aos padrões estabelecidos durante a contratação da empresa e a criação do projeto. Elas devem estar de acordo com tudo aquilo que foi firmado durante a contratação, o planejamento e a execução do projeto de construção.

2. Segurança
Garantir que o ambiente de trabalho seja seguro e que acidentes não sejam frequentes diminui os gastos com recursos humanos e as perdas de produtividade. Para garantir que a segurança no canteiro de obras seja alta, os profissionais envolvidos direta e indiretamente com a construção devem estar treinados para adotarem equipamentos de proteção individual (EPIs), seguir as normas de segurança legais e práticas que diminuam os índices de acidentes no dia a dia.

3. Custo
A mensuração correta dos custos permite avaliar se os gastos com a obra estão dentro do orçamento inicial ou se alguma distorção foi encontrada. Por meio de medidas de racionalização de gastos, melhor gerenciamento de estoques e automatização de processos, é possível reduzir os gastos com um projeto e aumentar os lucros.
4. Prazo
A verificação de prazos permite identificar quais pontos da obra estão com o progresso defasado, diminuindo a eficácia da execução do projeto. Dessa forma, os profissionais responsáveis pelo gerenciamento de projetos podem rastrear quais atividades estão demorando mais tempo do que o necessário e aplicar as soluções ágeis e necessárias, diminuindo o impacto das mesmas no andamento da obra.
5. Meio Ambiente
Essa categoria é composta pelos indicadores ambientais que permitem identificar e mensurar todos os impactos das atividades relacionadas à obra, deixando-a dentro dos parâmetros legais.
Uma obra que cause um impacto baixo terá pouca geração de resíduos, alto aproveitamento de materiais e pouco desperdício. O incentivo da reciclagem de materiais também pode ser uma ferramenta útil para companhias que procuram melhorar a sua gestão de recursos.
Melhorando relações e aumentando lucros

A mensuração dos indicadores de desempenho é uma parte importante de qualquer negócio. Essa rotina permite que gerentes, supervisores e demais colaboradores consigam melhorar a sua performance, além de facilitar a implementação de medidas que possam ampliar e dinamizar a prestação de serviços de qualquer negócio.
Além disso, os KPIs desempenham um papel indispensável na busca por melhorias nas rotinas internas e na identificação de setores que possam causar prejuízos ou que estejam com problemas.
Na indústria de construção civil, a utilização de KPIs no canteiro de obras pode ser uma importante ferramenta para auxiliar gestores durante o avanço dos projetos.

O uso de indicadores de qualidade, impacto ambiental, prazo, segurança e custo ajudam no andamento de uma obra, permitindo que falhas sejam encontradas rapidamente. Isso não só melhora a execução de projetos, mas aumenta a competitividade da empresa e a sua participação no mercado.

Agora conte-nos o que achou sobre esses indicadores? Você já utiliza algum deles? Compartilhe nos comentários a sua opinião.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COMO AUMENTAR SUA PRODUTIVIDADE COM LOGÍSTICA NO CANTEIRO DE OBRAS


Saber organizar a Logística do canteiro de obras posicionando equipamentos, mão de obra e matéria-prima da maneira mais eficiente possível é fundamental para reduzir os fluxos, garantindo que os materiais cheguem às mãos certas com rapidez e no momento correto.

A questão é que, embora pareça óbvio, desenvolver processos internos eficazes, efetivos e eficientes é tarefa extremamente complexa e envolve alto nível de organização da parte de engenheiros e arquitetos.

Quer dar um passo à frente e ser o agente de mudança para a redução de custos e aumento da eficiência em sua obra? Então descubra como a otimização da Logística em seu canteiro pode fazer toda a diferença!

Layout do canteiro de obras: isso faz mesmo diferença?

Não tenha dúvida de que a resposta a essa pergunta é positiva. O arranjo correto no canteiro de obras é tão importante que deve ser a primeira coisa a ser pensada, antes mesmo da própria obra!

Layout nada mais é que a disposição física de pessoas, equipamentos e materiais de maneira mais eficiente possível, um Mapa de Trabalho preciso que possibilita reduzir ao mínimo os movimentos dos trabalhadores.

Dessa forma, eles gastam o mínimo de tempo possível em deslocamentos para buscar materiais ou usar equipamentos (reduzindo seu nível de estafa e aumentando sua produtividade).

Para que os equipamentos sejam menos expostos ao manuseio, logo, é possível reduzir as quedas, danos e desperdícios. Para que as máquinas e matérias-primas estejam sempre próximo aos profissionais, assegurando mais produção dentro de um mesmo período.

Vantagens de um bom layout do canteiro de obras

  • Permite um fluxo de serviços e materiais de forma contínua;
  • Reduz transportes e movimentos, melhorando processos;
  • Reduz perdas e desperdícios de insumos;
  • Integra todos os elementos da obra;
  • Melhora e facilita as condições de trabalho;
  • Aumenta a produtividade;
  • Reduz o nível de cansaço dos trabalhadores;
  • Permite flexibilidade para atender as mudanças que possam ocorrer ao longo da obra.
Caso prático

Imagine que os sacos de cimento fiquem armazenados em um determinado ponto da obra, distante da área de trabalho e no lado oposto ao das betoneiras. A areia está alocada em outro local, distante do cimento, das mangueiras e também desconectada das betoneiras.

O resultado dessa péssima Logística no controle de processos é que as empilhadeiras darão um “passeio” maior pelo canteiro (fluxo de serviços mais longo e descontínuo).

Se tudo estivesse agregado, se essa junção tivesse sido previamente pensada, muito menos tempo seria ocupado e a exposição dos materiais seria bem menor. Perceba que trazer resultados para sua obra não exige grandes investimentos. Exige foco nos detalhes.

Sistema automatizado para auxiliar na organização do layout

Muitas construtoras utilizam soluções mobile para gerenciamento de canteiro de obras. Por meio de um software flexível, passível de ser instalado em qualquer smartphone ou tablet, é possível aos gestores acompanhar o cronograma da obra, fazer verificação de conformidades em tempo real, efetuar controle de produtividade, avaliar taxa de desperdício de materiais, gerenciar a segurança do canteiro, entre muitas outras funções.

Tudo isso representa melhoria na logística e economia de tempo com processos de verificação de conformidades, algo fundamental no setor.


FONTE: TECLÓGICA

terça-feira, 20 de outubro de 2015

SITE REÚNE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA NO BRASIL


Informações sobre o Brasil, oportunidades de investimento em logística, o mercado doméstico, macroeconomia e demandas de infraestrutura são alguns dos dados estratégicos apresentados no site Logística Brasil, uma das ferramentas de comunicação do Programa de Investimento em Logística (PIL), promovido desde 2012 pelo governo federal.

No site, os investidores interessados podem conferir o passo a passo das concessões, como os documentos publicados, processo geral e estágio atual, além de detalhes dos estudos e documentos publicados.

O Logística Brasil apresenta também as condições de financiamento do PIL, que incluem um importante papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampla participação dos bancos e do mercado de capitais, emissão de debêntures de infraestrutura e oportunidades para investidores nacionais e internacionais.

Outro ponto importante é um canal direto de atendimento ao investidor, pelo e-mail investimentosbrasil@planejamento.gov.br, atendido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP). Também estão disponíveis informações relevantes, como dados sobre agências reguladoras, abertura de empresas, incentivos e isenções fiscais, o sistema legal brasileiro e vistos de trabalho. O conteúdo do site também está disponível em inglês.

SOBRE O PIL

A etapa 2015-2018 do PIL foi lançada em junho, para dinamizar a economia nacional e desenvolver uma infraestrutura mais integrada e moderna. Os objetivos são aumentar a competitividade do país, escoar com eficiência sua crescente produção agrícola, reduzir os custos de logística para a indústria, atender ao crescimento das viagens nacionais e internacionais e ampliar as exportações.

Essa nova fase de concessões tem investimentos projetados em R$ 198,4 bilhões, sendo R$ 66,1 bilhões em rodovias, R$ 86,4 bilhões em ferrovias, R$ 37,4 bilhões em portos e R$ 8,5 bilhões em aeroportos. Desde o seu lançamento, quatro meses atrás, diversos resultados já foram alcançados.

No setor rodoviário, destacam-se a homologação do leilão da Ponte Rio-Niterói, o recebimento de estudos referentes a quatro rodovias (atualmente um está em análise no TCU e os outros 3 em começo ou fim de audiência pública) e a autorização para realização de 301 estudos de 11 Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI)

Em relação à malha ferroviária, foram recebidos e estão em andamento estudos ligados à trechos distintos da Ferrovia Norte-Sul e uma audiência pública já foi realizada (sobre a concessão do trecho Rio de Janeiro-Vitória, cuja modelagem econômico-financeira está sendo desenvolvida).

Na área de portos, foram prorrogados os contratos de 3 arrendamentos, autorizados 6 terminais de uso privado (TUP) e os primeiros editais de licitação referentes a arrendamentos de terminais portuários serão publicados no dia 26 de outubro. Esse primeiro grupo de concessões é composto por quatro terminais, no Porto de Santos (SP) e em Vila de Conde (PA).

Há, ainda, estudos em andamento para quatro aeroportos, em Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Em relação aos aeroportos regionais, já foram autorizadas oito concessões e realizados dois leilões (em Araras/SP e Caldas Novas/GO).


Fonte: Portal Brasil

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

METODOLOGIA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Além do arsenal de técnicas que já utilizamos, será que precisamos realmente de mais?
Respondendo com as evidências da realidade atual das organizações ainda hoje, na grande maioria das empresas que projetam e fabricam produtos manufaturados, encontramos estes sintomas:

a) Na fase de desenvolvimento, passamos vários ciclos resolvendo problemas que surgem nas etapas finais de validação do produto, o que atrasa o lançamento, além de aumentar o custo;

b) Na fase de manufatura, novos problemas aparecem às vezes em condições mais amenas do que as testadas em laboratório. E ainda por cima, reincidem alguns problemas que pensávamos terem sido resolvidos;

c) Na fase de uso, uma parte daqueles problemas se manifesta, causando insatisfação dos clientes e aumento do custo de garantia.

O simples fato de que tais problemas sejam crônicos em várias indústrias já é uma demonstração cabal de que o estilo tradicional de resolver problemas de engenharia não é suficientemente eficiente para enfrentar a complexidade envolvida nos produtos e processos da atualidade. Portanto, necessitamos ferramentas mais eficazes para apoiar o processo de desenvolvimento de novos produtos e processos industriais.

E por que tais problemas acontecem? A verdade é que não existem produtos ou processos simples. Mesmo um produto tão trivial quanto um parafuso possui um número bastante grande de variáveis envolvidas no projeto e no processo de fabricação.

É sabido que cada país, ou cada cultura, tem uma forma diferente de decisão, muito aceita e difundida nos costumes de cada nação. É algo vindo de séculos e, em alguns casos, até milênios, chegando à forma corporativa atual.

Podemos estudar os japoneses. Famosos pela filosofia de busca da paz interior - utilizada desde sempre no Japão - os nipônicos não se importam se uma decisão demorar até anos para ser colocada em prática.

Mas há uma vantagem nisto: Tudo o que é decidido é aceito por 100% das pessoas que compõem um comitê executivo. Não há uma disputa de grupinhos para decidir qual a ideia vencedora, e sim a busca, à risca, de paz entre todos os membros, o que torna a ideia campeã muito mais consistente.

Os anglo-saxões da América foram inicialmente colonizados com uma metodologia inglesa, mais rápida do que a oriental, porém com um número maior de conflitos internos.

Mas os americanos deram forma a uma metodologia própria, com decisões rápidas e certeiras, mas muitas vezes com discussões fortíssimas e clima não muito bom. Porém se tornou a cultura difundida nos habitantes do país, reforçando essa ideia.

Parte da Europa ficou ao acaso na história. Um clima melhor do que o dos americanos, mas em alguns casos uma lerdeza incomum para a tomada de decisões.
Não inclui nesta analise os ingleses e os alemães sendo um pouco mais rápidos nas decisões, de onde decorre o fato de que vemos um número maior de empresas da Inglaterra e da Alemanha que tem destaque mundial.

A primeira coisa que um método de solução de problema deve nos dar é uma sequência definida de passos a serem seguidos na procura de soluções. Isto pode incluir: a definição do problema, a coleta e análise de informações, identificação das causas do problema, a geração de soluções, a avaliação das soluções, a seleção de uma solução e sua implementação (SAVRANSKY, 2000).

Se quisermos melhores resultados no desenvolvimento de produtos, temos que romper com os meios tradicionais de praticar engenharia e adotar novas metodologias e ferramentas.

Alguns aspectos comportamentais que ainda interferem na definição de problemas. As deficiências comportamentais interferem diretamente na análise dos problemas e frequentemente resultam no tratamento equivocado dos mesmos. São:

a) Confundir o problema com seus sintomas;

b) Confundir suposições com fatos;

c) Avaliar antes de investigar;

d) Agir rapidamente, antes de pensar;

e) Equiparar novas e velhas experiências, deixando de perceber as especificidades da nova situação;

f) Ficar na superfície e deixar de levantar questões que vão além dos aspectos mais óbvios;

g) Limitar a análise do problema ao seu campo de especialização profissional;

h) Orientar decisões para um único objetivo, ignorando que muitos problemas envolvem múltiplos aspectos que devem ser tratados simultaneamente.

Em resumo, deve-se examinar a situação sob diferentes aspectos para determinar quais são mais importantes para o completo entendimento da situação e a correta descrição do problema.

Na solução de problemas, de alguma forma, as pessoas seguem intuitivamente, um caminho na procura da solução. Contudo, na sua maior parte elas não têm consciência da sequência dos passos dados. Muitas vezes, o processo se mostra confuso, demorado, custoso e pouco eficiente (NAVAS, 2011).

O aprendizado é praticamente nulo e cada problema é um problema totalmente novo, mesmo que seja a centésima repetição da mesma situação. A ausência de uma metodologia torna muito difícil replicar os processos bem sucedidos e desenvolver as habilidades na solução de problemas.

FONTE: Metodologia Triz uma Opção para Solução de Problemas